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Sindicato avalia resultados da promoção por mérito 2019

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Empregados da Caixa de todo o país receberam, desde o dia 20 de janeiro, os valores referentes à ascensão no PCS (Plano de Cargos e Salários)
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Foto: Fenae

Conquista da luta do movimento dos empregados da Caixa, a promoção por mérito contemplou em 2019 cerca de 96% dos trabalhadores considerados promovíveis. Os resultados da sistemática de avaliação foram analisados durante reunião da Comissão Paritária - que discute os critérios da sistemática 2019/2020 - nesta quinta-feira 21, em Brasília, com a presença do Sindicato.

Os representantes dos trabalhadores reafirmaram no encontro a importância desse instrumento de ascensão no Plano de Cargos e Salários (PCS) e cobraram que seja assegurada, no mínimo, a média histórica de 1,1 delta por empregado. O delta (referência salarial no Plano de Cargos e Salários) equivale a um aumento de 2,34% no salário padrão dos trabalhadores. 

Os empregados da Caixa já receberam, desde o dia 20 de janeiro, os valores referentes à promoção por mérito 2019, tendo como ano base 2018. 

Os representantes dos empregados também solicitaram à Caixa mais informações sobre os impactos da sistemática adotada em 2018. O banco argumentou que o repasse de alguns dados, como reflexo na folha de pagamento, por exemplo, depende do fechamento do balanço. 

"Cobramos da Caixa agilidade na prestação das informações solicitadas, para que os empregados conheçam, o mais rápido possível, os critérios acordados para a promoção por mérito 2019/2020, e tenham tempo adequado para cumpri-los", disse o dirigente sindical Leonardo Quadros, da Fetec-SP e da Apcef-SP. 

Ficou definido que, até 14 de março, as informações disponíveis serão encaminhadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Uma nova reunião para iniciar os debates da sistemática para 2020 foi agendada para 9 de abril.

Histórico

A ascensão na Caixa tem sido assegurada com muita luta do movimento dos trabalhadores. Forma de progressão no PCS, junto com a promoção por antiguidade - que é devida ao empregado a cada dois anos - a promoção por merecimento deixou de ser aplicada em 1996.

Após 1998, a situação agravou-se porque os empregados admitidos a partir desta data foram enquadrados em um novo PCS, que, na carreira administrativa, possuía apenas 15 referências, com um piso e um teto que, atualizado pelos índices de reajuste alcançados nas campanhas salariais, são de R$ 2.827 e R$ 3.631,  respectivamente (valores atuais). 

 Assim, a última referência do PCS, que seria alcançada pelo empregado somente após 30 anos de trabalho – considerando as promoções por antiguidade a cada dois anos e a ausência da promoção por merecimento –, era apenas de R$ 804, maior que a referência de ingresso na Caixa.

Em 2008, os empregados conquistaram a unificação dos PCS de quem foi admitido antes e depois de 1998, ampliando o teto e restabelecendo as promoções por merecimento. O novo PCS, atualmente em vigência, conta com 48 referências, sendo a inicial (201) R$ 2.832 e a última (248) R$ 8.276, uma diferença de R$ 5.444.

Considerando a concessão de um delta por merecimento, a cada ano, e o delta por antiguidade, a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos trabalhados na Caixa.

 

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