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Chapéu
Luta

“Vamos fazer a maior greve geral da história do país”

Linha fina
Dia Nacional de Mobilização mostrou que cada vez mais trabalhadores estão unidos pela construção de uma grande paralisação nacional, em 28 de abril, contra a retirada de direitos
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Foto: Paulo Pinto / AGPT

São Paulo – “Preciso de vocês fortes, unidos, organizados. Hoje é só o primeiro dia. Agora teremos um abril vermelho e, no dia 28, vamos fazer a maior greve geral da história desse país. Greve geral para defender o direito dos trabalhadores e para dizer fora Temer.” A fala de Vagner Freitas, presidente da CUT, que encerrou o Dia Nacional de Mobilização, resume o sentimento dos 70 mil manifestantes que foram às ruas de São Paulo contra as reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. 

“Não temos a Globo, não temos dinheiro da Fiesp, não temos o governo do nosso lado. Se a gente não estiver unido e parar todo mundo na greve geral, vão acabar com todos os nossos direitos”, declarou o professor Diego Amorim, 34 anos. 

Para Beatriz Lima Souza, estudante de 19 anos, o Dia Nacional de Mobilização mostrou que é possível barrar a retirada de direitos pretendida por Temer e seus aliados no Congresso. “Todo mundo tem que ir pra rua (...) Muita gente que eu conheço que antes não estava nem aí para os protestos, hoje veio. As pessoas estão acordando.”

“A única saída é a greve geral. Não é possível que alguém, fora os empresários, apoie isso tudo que o Temer, que nem eleito foi, está fazendo. Essa reforma da Previdência, a terceirização. Querem que a gente trabalhe sem proteção nenhuma, sem se aposentar, até morrer”, avaliou o cientista social Daniel Lopes.

“Já vivi muita coisa como professora e nunca vi alguém [Temer] fazer tanta maldade. Mas é isso que temos que fazer cada vez mais, ir pra rua, fazer greve. Não dá para achar que os outros vão lutar pela gente, ficar conformada, se não nada acontece. Todo mundo tem que participar, fazer a sua parte. É isso que vim fazer aqui hoje”, concluiu a professora aposentada Maria Célia Sampaio, que no Dia Nacional de Mobilização caminhou da Avenida Paulista até a Praça da República aos 67 anos.

Pesquisa - Não foi só nas manifestações do Dia Nacional de Mobilização que a população demonstrou sua indignação com as medidas propostas pelo atual governo. Em pesquisa do Instituto DataFolha, divulgada na sexta-feira 31, 79% dos brasileiros afirmaram não confiar em Temer. 

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