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Super nega plano de descomissionamento nas digitais

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Representantes do banco procuraram Sindicato para prestar esclarecimentos após e-mail vazado com indicações para perda de função em escritório digital, o que expôs de forma humilhante bancários citados
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Foto: Mauricio Morais

São Paulo – Após o Sindicato publicar denúncia de possível plano de descomissionamento em escritórios digitais do Banco do Brasil em São Paulo - fundamentada em um e-mail de um gerente geral, com indicações de descomissionamento, que deveria ser enviado apenas para o Regional, mas que por engano foi encaminhado para toda a agência – a Superintendência do banco se reuniu com representantes dos funcionários para prestar esclarecimentos. Na reunião, a Super disse que não existe plano de descomissionamento nos escritórios digitais e lamentou a exposição dos gerentes de carteira citados no e-mail, classificada pelos representantes do banco como um “incidente”. 

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Os representantes do BB admitiram que o banco passa por um processo de mudança, inclusive do seu modelo de atendimento e que, portanto, haverá um período para adaptação dos bancários e uma curva de aprendizagem para novos modelos de negociação e ferramentas. Segundo a Super, não existe qualquer plano de descomissionamento nos escritórios digitais, e sim um processo de identificação de dificuldades para que sejam direcionados cursos e treinamentos com o objetivo de facilitar a adaptação dos funcionários. Quanto aos dois gerentes de carteira expostos no e-mail, foi comunicado que eles não vão perder suas funções.

“Valorizamos a iniciativa da Super em procurar os representantes dos bancários e prestar esclarecimentos sobre esse caso absurdo. Iniciativa que valoriza a via negocial”, diz o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresas do BB, João Fukunaga.

“Reforçamos que o nosso acordo prevê apenas uma ferramenta para descomissionamento: as três avaliações negativas consecutivas no GDP. O Sindicato cobra que as avaliações sejam feitas de forma que respeitem a curva de aprendizagem e o período de adaptação citados pelo próprio banco, que inclusive admite falhas no processo e se comprometeu que isso não acarretará prejuízos em processos avaliatórios futuros”, acrescenta.

Para o dirigente, a rede de solidariedade que se formou entre bancários e Sindicato, que fez com que a denúncia chegasse até a entidade, é fundamental na luta em defesa dos direitos dos bancários do BB. “Quando trabalhadores se solidarizam com os colegas, nesse caso expostos de forma humilhante e arbitrária, e buscam o Sindicato para que seus direitos sejam respeitados, temos mais força nas nossas cobranças e reivindicações junto ao banco. O que é fundamental diante dos grandes enfrentamentos que temos pela frente.”

A Super se comprometeu a tomar todas as medidas administrativas cabíveis quanto a exposição dos gerentes no e-mail. “Vamos acompanhar de perto para que isso realmente ocorra e que casos como esse não se repitam”, conclui Fukunaga.
 

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