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Chapéu
Datafolha

Para 64%, reforma trabalhista beneficia os patrões

Linha fina
Levantamento revelou ainda que apenas 34% das pessoas acreditam que mudanças na CLT propostas por Temer aumentarão criação de empregos
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Foto: Rick Tolboom / Freeimages

São Paulo – A maior parte dos brasileiros (64%) acredita que a reforma trabalhista, proposta por Temer, beneficia mais os patrões que os trabalhadores. O dado foi revelado por pesquisa Datafolha divulgada no dia 1º de maio. 

Apenas 34% dos entrevistados responderam que acham que a reforma trabalhista vai aumentar a criação de empregos no país. Já outros 31% acreditam que não haverá mudança e igual parcela avalia que as mudanças provocarão o fechamento de vagas. Entre trabalhadores assalariados, com registro em carteira, apenas 29% responderam que haverá crescimento no número de postos de trabalho.

Direitos – Para 58% dos pesquisados, a reforma trabalhista vai retirar direitos dos trabalhadores. O percentual sobe para 66% entre assalariados com registro em carteira. Outros 21% acreditam que não haverá mudança em relação aos direitos e apenas 11% acreditam que os direitos vão aumentar. 

Negociado sobre legislado – A pesquisa também avaliou a proposta de que negociações entre empregados e patrões tenham mais valor que a legislação trabalhista. Somente 30% dos entrevistados preferem que fatores como jornada, férias e banco de horas sejam regulados por acordos diretos, como prevê a reforma. Para outros 60%, é preferível que a regulação seja feita por força de lei. 

Terceirização – Sobre a lei da terceirização, sancionada por Temer em 31 de março, a pesquisa apurou que 63% dos entrevistados acreditam que a sua aprovação beneficia mais patrões do que empregados. Para 44% não haverá impacto nos salários. Já outros 35% avaliam que a remuneração será reduzida. Apenas 17% esperam aumento nos rendimentos dos trabalhadores.  

O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2017, com 2.781 entrevistas, entre trabalhadores e empresários, em 172 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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