O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre de 2018, um crescimento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a rentabilidade do banco subiu de 22% para 22,2% nos três primeiros meses do ano. O resultado do banco foi impactado principalmente pela redução de despesas de intermediação financeira, com queda de 29% na despesa com captação de recursos e de 27% na despesa com provisão de recursos para devedores duvidosos.
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Em relação às receitas, o destaque foram os ganhos com prestação de serviços e tarifas bancárias, que tiveram crescimento de 8%, alcançando R$ 9,3 bilhões no trimestre. Apenas com essa receita, o Itaú cobre em 168% do total de despesas de pessoal.
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“Um banco como o Itaú, com lucros sempre crescentes, deveria contratar mais trabalhadores, reduzindo a sobrecarga de trabalho a qual os funcionários são submetidos e melhorando o atendimento à população. Em um cenário de desemprego, no qual o número de trabalhadores com carteira assinada é o menor da série histórica, o Itaú poderia colocar em prática a sua responsabilidade social, tão exaltada na publicidade do banco”, enfatiza a diretora executiva do Sindicato e bancária do Itaú Marta Soares.
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Em função da incorporação das operações de varejo do Citibank, o número de trabalhadores do Itaú chegou a 85,8 mil e a rede de agências foi ampliada em 34 unidades. Entretanto, o banco fechou quatro agências físicas nos últimos três meses e abriu 16 novas unidades digitais em relação a março de 2017.
“O Itaú segue privilegiando o investimento em unidades digitais, em detrimento das agências físicas. Quem deve escolher o canal de atendimento é o cliente, que arca com caras tarifas, o que representa uma receita cada vez maior para o banco. Essa decisão não pode ser uma imposição do Itaú”, destaca Marta.
Outros números
A carteira de crédito do banco chegou a R$ 601,1 bilhões, com pequena elevação de 2,4%, sendo que os empréstimos a pessoas físicas cresceram 5,7%, com destaque para cartão de crédito, com aumento de 15,6%. Já o crédito Pessoa Jurídica apresentou queda de 4,7%. A taxa de inadimplência da carteira de crédito caiu de 3,4% em março de 2017 para 3,1%.
Distribuição de dividendos
O Itaú mudou sua política de distribuição de dividendos, que antes tinha limite mínimo de 35% do lucro líquido e máximo de 45%. Agora, o banco mantém o limite mínimo, mas retirou o limite máximo. Assim, a cada ano o Conselho de Administração é que vai definir o percentual a ser distribuído.
