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Sindicato cobra do Bradesco respeito aos bancários no PDVE

Linha fina
Representantes dos trabalhadores cobraram esclarecimentos do banco, instalação do centro de realocação e que nenhum corte seja feito até o fim do período de adesão ao plano de desligamento
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Foto: Caetano Ribas / Contraf-CUT

São Paulo – Os sindicatos querem respeito aos empregos e que nenhum bancário seja obrigado a aderir ao Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) instalado pelo Bradesco. Também que nenhum bancário seja demitido no período que vai durar o PDVE (até 31 de agosto de 2017).

Esses foram alguns dos posicionamentos registrados pela Comissão de Organização dos Empregados (COE/Contraf-CUT), em reunião com a direção do banco na manhã da quinta-feira 20. Os dirigentes sindicais cobraram, ainda, a instalação, pelo banco, do centro de realocação e requalificação conquistado na Campanha 2016.

“No entendimento do movimento sindical, esse PDVE só está acontecendo porque sofremos no Brasil um golpe que aprofundou a crise econômica e cujo principal objetivo era atacar os direitos sociais e trabalhistas, como vem acontecendo”, afirma Sandra Regina,  diretora do Sindicato, que participou da reunião. “Apresentamos esse posicionamento ao banco, ressaltando que os sindicatos defendem os empregos e que não aceitaremos qualquer tipo de pressão para que os façam adesão ao PDVE. Também cobramos informações sobre o fechamento de agências no país: queremos saber quantas são no total, se são só as anunciadas via imprensa e o que ocorrerá com os funcionários dessas unidades.”

A COE informou à direção do Bradesco que os sindicatos não aceitarão demissões de bancários para contratar terceirizados ou trabalhadores precarizados. “Cobramos uma reunião para discutir com o banco essas mudanças na legislação trabalhista”, relata Sandra.

Respostas – Diante dos questionamentos dos representantes dos trabalhadores, o Bradesco informou que, ao contrário do que foi divulgado pela imprensa comercial, não há uma meta de saída de trabalhadores no PDVE: nem mínimo, nem máximo.

Também foram feitos uma série de questionamentos para esclarecer dúvidas dos bancários. O Sindicato manterá plantão a partir da segunda-feira 24, para atender os trabalhadores.

“Alguns bancários foram demitidos ou pediram pra sair dias antes de o plano ser lançado e fazem parte do público alvo. Então solicitamos que eles também sejam incluídos e garantido o pacote que está sendo oferecido aos demais. O banco ficou de analisar e marcar uma outra reunião para responder.

A COE solicitou ao Bradesco que informe claramente aos bancários que, quem aderir ao PDVE após 2 de agosto, terá direito à PLR proporcional. E que, quem já aderiu, pode desistir até cinco dias depois e fazer nova adesão após 2 de agosto para não perder o direito à PLR.

Outras dúvidas – Muitos bancários têm dúvida sobre os critérios para poder acessar o plano. O banco esclareceu que têm direito todos os aposentados ou em condições de se aposentar até 31 de agosto de 2017, tanto da rede de agências quanto dos departamentos. E que o critério de mais de 10 anos de casa não vale pra quem está na rede de agências, mas apenas para os empregados de alguns departamentos.

Outra explicação: os valores pagos no PDVE (de 0,6 a 12 salários) são verba indenizatória, ou seja, sem incidência de encargos (como aviso prévio da legislação ou da CCT, 13º salário, férias, FGTS.) “Além disso, como se trata de um plano de demissão voluntário, é importante o bancário saber que não fará jus ao seguro-desemprego”, avisa Sandra.

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