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Bancos cobram reformas contra o povo

Linha fina
Nem bem o golpe se concretizou e Temer assumiu a Presidência, banqueiros exigem mudanças na previdência e cortes nos direitos trabalhistas
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São Paulo - Os bancos, que tanto “contribuem” para a economia nacional com seus altos juros, tarifas abusivas, extinção de milhares de postos de trabalho, redução do crédito para investimento, já cobram do governo que assumiu o Brasil, na quarta-feira 31 de agosto – após a destituição da presidenta eleita Dilma Rousseff –, rapidez nas reformas que vão prejudicar toda a população brasileira.

O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal defendeu o encaminhamento urgente de “reformas necessárias” como a PEC 241 que limita gastos com Saúde e Educação por 20 anos em nome do ajuste fiscal. “Ou seja, a PEC corta gastos sociais e libera para os bancos; o governo estará tirando do povo brasileiro para dar às instituições financeiras, já que o ajuste tem como objetivo pagar juros da dívida pública toda nas mãos dos banqueiros”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.  

O banqueiro, tão preocupado com os empregos, extinguiu quase 3 mil postos de trabalho no Itaú nos seis primeiros meses deste ano mesmo período em que o Itaú lucrou mais de R$ 10 bilhões.

Terceirização – Além de congelar investimentos públicos com apoio dos bancos privados, Michel Temer anunciou que vai fazer reformas previdenciária e trabalhista que vão reduzir ou retirar direitos. Na mira, a aposentadoria somente a partir dos 65 anos tanto para homens como mulheres, e diretos previstos pela CLT, como jornada, férias, 13º salário.

Outra bala na agulha desse governo, e de grande interesse dos bancos, é a ampliação da terceirização. O setor financeiro, que conta hoje com 512 mil bancários, tem cerca de 400 mil terceirizados prestando serviços antes feitos pelos trabalhadores da categoria. Todos com salários muito menores, direitos rebaixados, jornadas mais extensas, péssimas condições de trabalho.

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, que também defendeu em nota a urgência nas reformas – ao afirmar que o Brasil precisa de um “pacto pela retomada do crescimento econômico e da geração de empregos” –, deve estar falando desse tipo de emprego terceirizado. Somente de janeiro a junho o Santander acabou com 1.368 vagas no seu banco.

“O golpe foi contra os trabalhadores e isso está cada vez mais claro. Somente com muita união e mobilização conseguiremos lutar pelos empregos e barrar essas reformas que só interessam aos setores que mais ganham no Brasil”, completa a dirigente. “Resistiremos juntos!”

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Redação - 1º/9/2016

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