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Premiação injusta ignora tempo de casa dos bancários

Linha fina
Banco anuncia milhas aéreas e dia de folga a cada cinco anos de casa, mas ignora outros que têm muito tempo na empresa; Sindicato cobra respeito e reconhecimento com plano de carreira que realmente valorize funcionários
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Arte: Freepik

São Paulo – O Itaú mudou novamente, à revelia dos trabalhadores, o modo de premiação por tempo de casa. Depois de ter acabado com a festa anual, a entrega de ações e o relógio de ouro, agora o banco decidiu, unilateralmente, laurear somente os bancários que completam cinco anos de casa ou múltiplos de cinco. O anúncio foi feito no dia 19 e não é retroativo.

Assim, após os primeiros cinco anos, o trabalhador ganhará 5 mil pontos em milhas aéreas pela empresa Azul e um dia de folga. São 7.500 pontos para quem faz 10 anos; 10 mil para 15 anos; 12.500 para 20 anos; 15 mil para 25 anos, sempre com um dia de folga. Aqueles que chegam a 30 anos ou mais, receberão 200 mil pontos em milhas aéreas mais cinco dias de folga.

Os bancários que têm seis, 12, 21, 31 anos de empresa – ou seja, qualquer tempo que não seja múltiplo de cinco – estão reclamando muito.

“Esses trabalhadores também se dedicaram muito e terão de esperar muitos anos até atingir a premiação. Imagine quem acabou de fazer 25 anos e um mês, mas terá de esperar mais cinco anos para atingir alguma premiação: não é justo!”, critica Maria Helena Francisco, diretora do Sindicato. “O banco poderia ter ouvido seus empregados para criar um formato que reconhecesse a todos. É o que o Sindicato sugere: que o Itaú ouça as queixas de seus funcionários e torne esses prêmios mais justos.”

A dirigente ressalta ainda que o Itaú tem de reconhecer seus funcionários dando oportunidades de carreira. “O banco precisa criar um Plano de Cargos e Salários decente, implementando programas próprios sem deixar nenhum trabalhador de fora, além de remunerar todos de uma maneira clara e justa como merecem!”

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