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Ano não poderia terminar sem mais uma do "Caffarocchio"

Linha fina
Assim como ocorreu no final de 2016, mesmo com o presidente do BB negando novos planos de incentivo para aposentadorias e demissões, começam a pipocar na mídia notícias sobre nova reestruturação
Imagem Destaque
Arte: Márcio Baraldi

São Paulo - Está virando uma tradição de final de ano do BB o seu presidente ser “pego na mentira”. No final de 2016, rumores já circulavam pelos corredores do banco e a mídia noticiou que o BB faria uma reestruturação, com planos de aposentadorias e  fechamento de agências. Paulo Cafarelli negou, mas 2017 chegou e trouxe consigo a verdade: aconteceu tudo que ele havia dito que não ocorreria. Agora, no final de 2017, a situação se repete.

Outra vez, rumores correm entre bancários de que uma nova reestruturação se aproxima. O Sindicato questionou o banco, que negou. Porém, como em 2016, uma notícia na mídia, desta vez no Correio Braziliense, dá conta de que o banco prepara nova reestruturação, com incentivo para a aposentadoria, inclusive dos funcionários que não completaram o tempo necessário; remanejamento de quadro para praças de maior movimento; terceirização de áreas internas; e fechamento de mais agências.

“O processo é o mesmo do ano passado. Rumores começam a circular no banco. Cafarelli nega. A mídia noticia. E então, quando chega o novo ano, tudo o que foi negado pelo presidente do BB se confirma. É um desrespeito com os funcionários e com a própria governança da instituição, já que a questão sequer foi pautada no Conselho de Administração”, critica o diretor do Sindicato e bancário do BB João Fukunaga, representante na comissão de empresa.

> Cartilha Em Defesa dos Bancos Públicos

“Confirmados os rumores e notícias na mídia, ficará ainda mais evidente e óbvia a estratégia do governo Temer de precarizar para privatizar. As medidas reveladas pelo Correio Brasiliense atingem em cheio a função social do BB, uma vez que aproximam o banco cada vez mais de uma lógica exclusivamente de mercado e impactam diretamente na qualidade de atendimento: privilegiam locais onde já existe estrutura bancária em detrimento das regiões que mais precisam de bancos públicos, já que os privados não têm interesse. Com isso, cria-se uma percepção junto à população de que bancos privados e públicos são a mesma coisa, que começa a questionar as razões para manter bancos sob o controle do Estado”, acrescenta Sílvia Muto, bancária do BB e dirigente sindical. 

Em vídeo (assista abaixo), Fabiano Félix, representante eleito pelos funcionários para o Conselho de Administração do BB (Caref), questionou a divulgação das medidas de reestruturação pela grande mídia.

O Sindicato cobrou do BB esclarecimentos sobre a matéria publicada pelo Correio Braziliense, assim como a Contraf-CUT, que também questionou o banco por meio de ofício.

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