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Pelo fim das demissões, vai ter luta no Itaú

Linha fina
Contra cortes arbitrários, atividades do CT foram paralisadas. Não tem arrego: se o banco não cessar dispensas, paralisações e protestos vão continuar
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São Paulo – O recado do Sindicato, junto com os bancários do Itaú, é claro: enquanto o banco não interromper os cortes arbitrários, protestos e paralisações nos locais de trabalho aumentarão cada vez mais. Na terça-feira 17 foi a vez do CT, centro administrativo localizado na região central da capital paulista, ter suas atividades paralisadas.

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“Além daqui do CT, onde, somados os cortes na Atec, aconteceram 205 demissões só nesta semana, as dispensas também atingiram os centros administrativos ITM, CA Brigadeiro, IBBA WTorre e inúmeras agências. O Itaú promove esses cortes e ignora o lucro recorde de 2015, quando faturou R$ 23 bilhões. Isso é injustificável”, critica a dirigente sindical e bancária do Itaú, Valeska Pincovai.  

De acordo com a dirigente, a receptividade dos trabalhadores durante a paralisação do CT foi muito boa. “Estão todos revoltados, com medo de serem os próximos demitidos. Os trabalhadores têm consciência do valor que geram para o banco. Estão mobilizados, junto com o Sindicato, contra essa política absurda de cortes”.

Condições de trabalho – Durante a paralisação do CT, bancários também denunciaram aos dirigentes sindicais as péssimas condições de trabalho a que são submetidos nesse centro administrativo.

“O banco utiliza a reestruturação para justificar demissões e, além disso, fechar concentrações como o CA Raposo e Vila Mariana, amontoando os trabalhadores no CT. Além de ter até três bancários alocados em uma única mesa, as condições de higiene vão de mal a pior. Os banheiros não comportam a demanda, as filas são enormes e, como sempre tem gente usando, a limpeza fica em último plano”, enfatiza Valeska.

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Durante a paralisação, dirigentes flagraram ainda o tratamento que é dado aos trabalhadores terceirizados. “Uma funcionária da limpeza ficou constrangida ao utilizar a entrada principal do prédio, já que normalmente sua entrada por ali não é autorizada. E tem a questão da vacinação contra a gripe H1N1, que o banco não disponibilizou para os terceirizados”, conta a diretora do Sindicato e também bancária do Itaú, Marta Soares.

Sem arrego – Segundo Valeska, enquanto o banco não suspender os cortes e proporcionar condições de trabalho dignas em todas as agências e concentrações, as paralisações e protestos vão continuar. “O Itaú, como concessão pública, tem de ter responsabilidade social. Não aceitaremos mais demissões e essas aviltantes condições de trabalho.”

E convoca: “Os bancários devem denunciar demissões em agências e concentrações por meio dos dirigentes do Sindicato, pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco (Clique aqui e escolha o setor site). Assim, teremos subsídios para fortalecer cada vez mais a luta em defesa dos empregos e por boas condições de trabalho”.


Felipe Rousselet - 17/5/2016
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