São Paulo – Banco do Brasil, Itaú e Bradesco são as instituições brasileiras que figuram entre as melhores colocadas no ranking dos mil maiores bancos do mundo da revista britânica The Banker. No levantamento mais recente da revista – que toma como base o capital de nível 1 em 2012, ou seja, o capital de melhor qualidade –, eles ocupam respectivamente os 36º, 39º e 42º lugares. Mas quando o estudo leva em conta a receita das empresas com juros no ano passado, os bancos brasileiros saltam de posição: o Itaú sobe para 13º, BB vai para 14º e Bradesco fica em 16º. Isso significa que com um tamanho menor e um volume menor de atividades, obtêm maiores receitas com juros.
Ainda segundo dados da revista, a receita com juros do Itaú chegou a US$ 27,687 bilhões, em 2012. A do Banco do Brasil somou US$ 23,730 bi e o do Bradesco foi de US$ 21,247 bi.
Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, o ranking da The Banker é mais uma mostra das altas taxas de juros bancários no país. “Os juros bancários no Brasil são dos mais altos do mundo. Baixaram um pouco após a ofensiva do governo federal, mas pode cair muito mais”, diz, referindo-se às quedas nas taxas das instituições públicas BB e Caixa, iniciadas em abril de 2012, e que forçou os bancos privados a baixarem também seus juros.
O spread bancário no país – diferença entre o que os bancos gastam para captar dinheiro e quanto cobram para emprestá-lo – aponta que, de fato, os juros podem cair. No Brasil, segundo dados do Banco Central, as instituições financeiras pagam, em média, taxa de juros de 6,9% ao ano quando tomam dinheiro emprestado, mas cobram 18,1% quando emprestam. Os 11,2 pontos percentuais de diferença correspondem a um dos spreads bancários mais altos do mundo. Apesar de alto, era ainda maior em 2012, quando girava na casa dos 15 p.p.
Redação, com informações do UOL - 4/7/2013
