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Sabesp vai aumentar conta de água

Linha fina
No mesmo dia do anuncio, Associação de Consumidores Proteste divulgou estudo indicando presença de bactérias em amostras de água colhidas nas regiões sul e leste da cidade
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São Paulo – A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) anunciou na quinta 27, em comunicado a seus acionistas, que vai reajustar a tarifa de fornecimento de água em 6,49% a partir de 27 de dezembro. O aumento confirma a informação, divulgada logo após a eleição, de que o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aumentaria as tarifas ainda em 2014, mesmo com a crise de abastecimento que atinge a capital e a região metropolitana desde janeiro deste ano.

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O governo Alckmin havia recebido autorização da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) para fazer o reajuste em abril, mas segurou a medida para anunciá-la somente após o pleito de outubro. O reajuste autorizado era de 5,4%, mas a companhia reivindicou um aumento maior.

O valor básico da tarifa de água para quem consome até 10 metros cúbicos (m³) por mês – o equivalente a dez caixas de água – passará dos atuais R$ 33,64 para R$ 35,82, computados o valor de consumo de água e lançamento de esgoto. Em 2013 o reajuste total foi de 5,49%.

O volume de água do Sistema Cantareira – que abastece hoje 8,5 milhões de pessoas nas regiões norte, leste e central da capital paulista e região metropolitana de São Paulo – chegou hoje a 9%, considerando as duas cotas do volume morto das represas. O nível de queda tem sido reduzido nos últimos dez dias em torno de 0,1% ao dia. A média dos últimos seis meses era de 0,2%. No entanto, mesmo com as últimas chuvas as águas baixaram todos os dias. Já os demais sistemas tiveram pequenas elevações em seus níveis, em virtude das chuvas.

Qualidade da água - Na tarde de quinta 27, a Associação de Consumidores Proteste divulgou estudo realizado em amostras de água das cinco regiões da capital paulista em que constatou a presença de coliformes totais – bactérias que indicam contaminação – na Vila Mariana (zona sul) e Penha (zona leste), na segunda avaliação feita pela entidade sobre a qualidade da água distribuída em São Paulo.

Os locais com água contaminada são atendidos pelos reservatórios da Guarapiranga e do Alto Tietê.

O teste, porém, não significa que a água fornecida esteja contaminada, mas é indício de que pode haver problemas no sistema de distribuição.

A Proteste enviou ofício à Sabesp com os resultados das análises e solicitou providências, pois os resultados indicam falhas no controle de qualidade na água distribuída. A entidade pediu à companhia que realize novas coletas de amostras nos pontos onde foram constatados resultados positivos para coliformes totais.

O teste anterior, realizado nos dias 2 e 3 de julho deste ano, não havia encontrado problema na qualidade da água em nenhuma das regiões coletadas.

A companhia emitiu nota minimizando o tamanho da amostra colhida pela Proteste. "Foram feitas apenas cinco análises em um universo de 20 milhões de clientes", diz um trecho da nota. A Sabesp ainda informou que o estudo também não indicou a presença de coliformes em número que trouxesse risco à população.


Rede Brasil Atual - 28/11/2014

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