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Linha fina
Banco público que desempenha fundamental função social eliminou mais de 15 mil empregos desde 2014, quando atingiu o ápice no número de postos de trabalho; Sindicato cobrará esclarecimentos sobre convocação de concursados
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Foto: Mauricio Morais

A convocação dos aprovados no concurso de 2014 é uma antiga reivindicação dos trabalhadores e do movimento sindical, que consta no Acordo Coletivo de Trabalho de 2015, mas que nunca foi cumprida mesmo após intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT). Desde 2014, quando atingiu o ápice do número de empregados, o banco público eliminou mais de 15 mil postos de trabalho, passando de 101 mil para os atuais 86 mil.

Esse movimento de redução motivou inúmeros protestos do movimento sindical. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região deflagrou dezenas de manifestações e paralisações. Na defesa do papel dos bancos públicos, realizou, em conjunto com outras entidades, audiências públicas nas câmaras municipais dos 15 municípios de São Paulo que compõem a base da entidade, e na capital federal, além de diversos seminários sobre o tema.

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Também foram recolhidas milhares de assinaturas da população em defesa dos bancos públicos e pela contratação de mais empregados. Atos e protestos também impediram o fechamento de agências na periferia da zona leste de São Paulo.

Ainda na década de 2000, a luta dos empregados e do movimento sindical garantiu a substituição dos terceirizados por empregados concursados por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público do Trabalho que proibiu a terceirização da atividade fim na Caixa.

Desde 2007, a campanha “Mais empregados para Caixa, Mais Caixa para o Brasil” continua percorrendo as agências onde a falta de empregados é mais evidente para dialogar com a população sobre a importância da defesa dos bancos públicos.

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Convocação de concursados: Sindicato irá cobrar esclarecimentos

Diante da cada vez mais evidente falta de bancários e da sobrecarga de trabalho crescente, a direção da Caixa informou aos empregados, via intranet, que irá contratar os concursados de 2014. Uma reunião entre os representantes dos empregados e do banco será realizada em 1º de fevereiro, quando serão cobrados esclarecimentos sobre o anunciado internamente.

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O encolhimento da empresa pública se intensificou a partir de 2016, quando planos de demissão voluntária eliminaram 10 mil postos de trabalho. Paralelamente a essa redução, o governo Temer permitiu o saque das contas inativas do FGTS, o que aumentou ainda mais a sobrecarga de trabalho.

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A redução do número de bancários e do fechamento de agências veio acompanhada do encolhimento do papel da Caixa como banco indutor de políticas sociais.  

“Essa redução, principalmente de 2016 para cá, faz parte de um golpe visando a redução da relevância da Caixa para a sociedade brasileira, a fim de aumentar o espaço para os bancos privados. Vemos um reflexo disso na política de juros. Em 2012, os bancos públicos lideraram um processo de intensa redução do custo do crédito, o que obrigou os bancos privados a também diminuírem o spread bancário, resultando em um mercado de juros mais acessível e diluindo os efeitos da crise financeira internacional”, lembra Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A redução do papel social da Caixa pode ser constatada no custo do crédito imobiliário. Desde 2017, a linha de empréstimo para aquisição da casa própria voltada para a classe média, por exemplo, é mais cara do que a ofertada pelos bancos privados, que mês a mês figuram na frente do banco público nessa modalidade de empréstimo.

“O sucateamento da Caixa e redução do seu papel social não interessa a ninguém, a não ser aos bancos privados que ganharão mercado com o encolhimento da empresa pública. A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro e deve ser defendida a todo custo pela sociedade e empregados que perderão muito com o seu enfraquecimento”, alerta Dionísio.

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