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Chapéu
Pelo direito à aposentadoria

Bancários aderem à greve do dia 19

Linha fina
Em assembleias realizadas em agências e centros administrativos dos bancos, trabalhadores decidiram pela participação na paralisação de segunda-feira, contra o desmonte da Previdência e a retirada de direitos
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Vai ter luta! Mais uma vez os bancários estarão ao lado dos demais trabalhadores e vão cruzar os braços na greve convocada pelas centrais sindicais para a segunda-feira 19. Nas assembleias realizadas nos dias 8, 9, 14 e 15, em agências e centros administrativos dos bancos nas sete regionais do Sindicato em São Paulo e Osasco, 88% dos bancários votaram pela participação nessa paralisação das atividades e serviços em todo o Brasil contra a reforma da Previdência do governo Temer e a retirada de direitos. Veja edital de aviso de adesão à greve dos bancários.

Os bancários também participaram de assembleia popular em São Bernardo do Campo, no dia 7 de fevereiro, organizada por sindicatos de diversas categorias profissionais e movimentos sociais, onde a greve foi aprovada por aclamação.  

Empregados de um dos setores que mais lucra no país, os bancários já sofrem na pele os ataques dos bancos contra seus direitos após a mudança nas leis trabalhistas imposta pelo governo Temer e seus aliados. Itaú e Santander, por exemplo, já anunciaram o fim do direito à homologação no Sindicato na hora da demissão, alteraram férias unilateralmente, além de, no caso do banco espanhol, ter mexido nas datas de pagamento e aumentado o valor do plano de saúde sem qualquer negociação com o Sindicato ou consulta aos trabalhadores.

“Nossa categoria é de luta e não aceita mais retrocessos. Em outras greves os bancários já deixaram claro seu descontentamento com as mudanças na lei trabalhista e o risco de perder a aposentadoria. Agora, novamente, vamos cruzar os braços contra mais essa tentativa de retirada de direitos da classe trabalhadora”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que critica. “O governo teria muitas outras saídas para fazer ajuste fiscal e acertar as contas do país: taxar grandes fortunas, cobrar sonegadores, acabar com a evasão de divisas e os privilégios dos mais ricos. Mas não, só quer retirar direitos de quem trabalha e constrói a riqueza do nosso país. Isso não vamos aceitar.”

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Pressão está valendo – O governo Temer decretou intervenção militar no estado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira 16. Durante o tempo que durar a intervenção - segundo o governo será até dezembro - não poderão ser feitas alterações na Constituição, como determina seuparágrafo primeiro do artigo 60. Portanto, a reforma da Previdência, que é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), não pode ser votada. Mas o movimento sindical e movimentos sociais não recuarão da greve no dia 19, nem da pressão sobre os parlamentares. Isso porque Temer já declarou que se precisar votar a reforma da Previdência, ele suspende a intervenção militar no Rio. E o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que, mesmo sem poder votar a PEC 287, o governo continua com as negociações para aprová-la.

Antes mesmo da intervenção no Rio, reportagens davam conta de que Rodrigo Maia estava pensando em engavetar de vez a reforma da Previdência, por não ver condições de aprovação no Congresso Nacional. E isso, mesmo com a enxurrada de verbas públicas torradas com propagandas enganosas ou repassada para estados e municípios. Outras afirmavam que Temer está contando com apoio dos empresários para cobrar deputados indecisos para que votem a reforma.

“Não acredite na imprensa golpista, ela quer desmobilizar os trabalhadores. Toda pressão que estamos fazendo está valendo a pena”, comemora Ivone. “É ano eleitoral e os parlamentares estão preocupados. Sabem que quem votar a favor da Previdência, não volta. Estamos conseguindo vencer a batalha contra mais essa retirada dos direitos dos trabalhadores, mas não podemos relaxar. Agora é hora de aumentar a pressão, fazer uma grande greve no dia 19 e acabar de vez com essa ameaça contra nossas aposentadorias”, reforça a dirigente, recomendando. “Não fique preso à mídia comercial. Essas poucas empresas possuem interesses na aprovação da reforma da Previdência. Portanto, não serão elas que mostrarão a real dimensão da mobilização dos trabalhadores em defesa da aposentadoria pública. Informe-se pela cobertura em tempo real do site do Sindicato e redes sociais (Facebook e Twitter) do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e através da Rede Brasil Atual." 

Você também pode enviar seu protesto aos deputados pelo Na Pressão, ferramenta criada pela CUT. É rápido e fácil, faça sua parte! 

Ato na Paulista – No fim da tarde do dia 19, um grande ato reunirá os movimentos sociais e sindical contra o fim da aposentadoria. Será na Avenida Paulista, com concentração às 16h, no vão livre do Masp. Participe, só a luta te garante!

 

 

 

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