São Paulo – "Nós não precisamos de uma reforma que tira direitos. O que nós precisamos é de emprego e o Brasil crescendo", afirma o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas (governos Lula e Dilma), em um dos vídeos de uma série produzida pela TVT que rebate os principais pontos defendidos pelo governo Temer, veiculadas durante a programação. O vídeo é destacado em reportagens da Rede Brasil Atual.
Gabas lembra que a mesma história de que o sistema público de aposentadorias estaria prestes a falir é contada há mais de 30 anos, quando ele começou a trabalhar no INSS. O ex-ministro também destaca relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que garantiu que a Previdência não está quebrada. "O que precisa é cobrar os devedores, acabar com a sonegação e as renúncias fiscais."
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Segundo ele, até 2015, as contas da Previdência estavam no azul, e que agora a arrecadação vem caindo por conta da elevação do desemprego. "Naquele tempo, nós tínhamos emprego, salário, tínhamos distribuição de renda, e isso aumentava a arrecadação. Isso fazia que a Previdência tivesse recursos suficientes para pagar os benefícios", diz o ex-ministro.
Confira o vídeo da TVT:
Reforma trabalhista agrava problema – Em outro vídeo da série – também destacado pela RBA –, o ex-ministro denuncia: a 'reforma trabalhista é um desastre para a Previdência'. Ele explica que em vez de corrigir distorções, como alega o governo, modalidades como o contrato de trabalho intermitente praticamente inviabilizam contribuições para as aposentadorias.
Para Carlos Gabas, a nova legislação trabalhista aprovada pelo governo Temer, em vigor desde novembro, traz implicações desastrosas para o sistema público de aposentadorias, já que dificulta a contribuição dos trabalhadores, devido às novas modalidades de contrato.
Em mais um dos vídeos de uma série produzida pela TVT que rebate os principais pontos defendidos pelo governo Temer na chamada reforma da Previdência, Gabas explica que, nos contratos intermitentes, o trabalhador tem dificuldade em manter constante o valor da contribuição previdenciária e, caso a sua remuneração não atinga o equivalente ao salário mínimo, terá de tirar do próprio bolso para ter garantido o direito à aposentadoria.
"Isso vai fazer com que os trabalhadores não consigam atingir o mínimo de 25 anos (de contribuição), que é o que o governo quer impor agora com a reforma. Isso vai fazer com que as pessoas não consigam se aposentar", afirma o ex-ministro.
Confira o vídeo da TVT: