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Chapéu
Fora Temer!

'Não há eleição legítima sem povo'; Ato domingo no Masp

Linha fina
Central e lideranças das frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo defendem que não aceitarão qualquer saída para o governo Temer que não seja eleição direta e cobram retirada imediata das reformas
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Foto: Tiago Silva (arquivo)

São Paulo - O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou claro que os movimentos sindical e sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não aceitarão qualquer saída ao governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) fora das eleições diretas. Ele falou durante coletiva na quinta 18, em São Paulo.

No domingo 21, mais uma vez o povo vai às ruas em todo o Brasil pelo “Fora Temer”. Na capital paulista, a manifestação será na Avenida Paulista a partir das 15h, em frente ao Masp. No dia 24 haverá outro ato, centralizado em Brasília, mas também em outras cidades. “A hora é de lutarmos para sair da crise e pelo retorno do desenvolvimento econômico, da credibilidade e pelo fim da bandalheira”, convocou Vagner, de acordo com matéria publicada pela CUT. Horas antes da coletiva, na mesma quinta 18, diversas cidades do país como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre, registraram manifestações.

Para as organizações, ainda que protele a decisão, o cambaleante Temer (PMDB) já sabe que não tem condições políticas, governamentais e moral para se manter como presidente da República.

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A questão agora é discutir o que ou quem o sucederá e acertaram que o eixo “Fora Temer, Diretas Já e pela retirada imediata das reformas Trabalhista e Previdenciária” norteará a luta.

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“Entendemos que ele deve renunciar imediatamente à presidência e não aceitaremos o golpe dentro do golpe. O que se está construindo é a saída dele e a indicação por via indireta de outro qualquer nas hostes da república e que tem implicação nesta crise tanto quanto ele. Só não tem gravação. Ainda”, lembrou Vagner.

Segundo ele, a ascensão ao cargo sem consulta ao povo só aprofundará a crise, seja o escolhido da Câmara, Senado ou do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“(Se isso acontecer) nós vamos continuar fazendo a campanha pelas Diretas Já que vamos denunciar internacionalmente que os mesmos que construíram a crise continuam no poder, só trocando de nome. A crise é uma oportunidade para que o Brasil possa convocar eleições direitas elegendo um governo com credibilidade para propor mudanças econômicas necessárias para o Brasil sair da crise”, defendeu Vagner.

Foto: Roberto Parizotti (CUT)


Temer no lixo - Líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto), Guilherme Boulos, garantiu que sem eleições diretas não haverá paz. “Enquanto não houver eleições, não saíramos das ruas. Os mesmos que há um ano entraram pelas portas dos fundos sairão agora pela lata de lixo da história. A questão é o que vem depois. O Temer se agarra de maneira desesperada, inconsequente e patética como fez hoje, mas isso não dura”, apostou.

Coordenador Nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Gilmar Mauro, acrescentou que, além das eleições para presidente, os movimentos cobraram um novo pleito também para o Congresso.

“Temos de conclamar todos, inclusive setores que apoiaram o impeachment por conta da ilusão construída pelos meios de comunicação e que agora se dão conta de que o golpe é político, mas também com retrocessos sociais votados por esse Congresso.”

Também nesse sentido, o coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), Raimundo Bonfim, disse que é hora de ampliar o diálogo. “Não nos indentificamos com os movimentos de direita, mas isso não significa que não queremos dialogar com a base que dizem representar.”

Negação da agenda – Presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, definiu como uma aberração entregar às mãos de quem aprofundou a crise o comando do Brasil.

“O programa escolhido nas eleições de 2014 é diametralmente distante do aplicado pelo Temer, esse programa dos juros altos, da reforma da Previdência, do ensino médio. As eleições diretas são única saída para devolver a soberania do volto popular e devolver para mãos do povo a decisão sobre os rumos do país. O Congresso aprofundou a crise política e não vamos confiar a ele os rumos do país”, ressaltou.

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