São Paulo - Partidos de oposição protocolaram na Câmara, no início da noite desta quinta-feira 18, mais um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O documento foi assinado por PT, PDT, PCdoB, Rede, Psol e PSB. Até às 18h desta quinta, oito pedidos de afastamanto foram formalizados na Secretaria-Geral da Mesa desde a divulgação das denúncias do Áudio contra Temer, na quarta-feira 17.
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Os partidos também defendem eleições diretas para a substituição de Temer.
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Dois pedidos foram apresentados – um pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) e outro pelo deputado JHC (PSB-AL) - ainda na quarta-feira 16. No dia seguinte, outros seis entraram: um segundo feito por Molon, outro pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA) e mais sete parlamentares do PSDB; mais um pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); do deputado Diego Garcia (PHS-PR); e outro apresentado por um deputado estadual. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analisar a admissibilidade dos pedidos.
Segundo o líder do Psol, Glauber Braga (RJ), o argumento principal do novo pedido da oposição será a tentativa do presidente da República de obstrução à Justiça. Ele defendeu eleições diretas em caso de necessidade de substituição de Temer. “Para que isso aconteça, é fundamental a aprovação Proposta de Emenda à Constituição 227/16”.
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A PEC, que será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na terça-feira 23, permite eleições diretas para a Presidência da República em caso de vacância do titular, exceto nos seis últimos meses de mandato.
Os partidos de oposição anunciaram ainda que vão entrar com representação na Procuradoria-Geral da República para verificar a ocorrência de crime comum por parte de Temer.