
Os bancários da Caixa Econômica Federal que participaram da greve nacional de 2021, realizada no dia 27 de abril, receberão a devolução dos valores descontados em decorrência da mobilização. Essa importante conquista foi alcançada em audiência de conciliação realizada na quarta-feira (11), no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Também foi garantida a reparação de todos os reflexos funcionais decorrentes dos descontos.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), em conjunto com o Sindicato dos Bancários do Pará, ingressou com dissídio coletivo após a antiga gestão da Caixa, liderada na época por Pedro Guimarães, aplicar descontos salariais referentes ao dia de greve e ao descanso semanal remunerado dos trabalhadores que participaram da paralisação.
"A greve nacional foi convocada em resposta à redução unilateral da PLR Social, à abertura de capital da Caixa Seguridade e a outras medidas consideradas prejudiciais aos direitos dos empregados e à missão pública da Caixa Econômica Federal", relembra Francisco Pugliesi, diretor do Sindicato e bancário da Caixa.
Com a celebração de um acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Caixa concordou em devolver integralmente os valores descontados dos trabalhadores envolvidos na greve e também em retirar qualquer anotação negativa nos registros funcionais vinculada à participação no movimento. O acordo ainda prevê que as horas não trabalhadas durante a paralisação poderão ser compensadas até o dia 31 de dezembro de 2025.
André Sardão – dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancário da Caixa – explica que os profissionais da Caixa devem aguardar as orientações sobre o recebimento dos descontos. O dirigente também reforçou o papel das entidades sindicais em conquistas como essa.
"O movimento sindical está a todo momento buscando a correção e a superação das injustiças. Mesmo quando a vitória leva algum tempo, podemos sempre confiar na luta coletiva e em seus resultados. Por isso, é importante se sindicalizar para fortalecer o Sindicato e o seu departamento jurídico", afirma André Sardão.
