Trabalhadores de bancos privados, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil aprovaram, em três assembleias lotadas na noite desta quarta-feira 29, a proposta da Fenaban que prevê reajuste de 5% - reposição total da inflação (INPC) mais aumento real de 1,18% - e a manutenção de todos os direitos históricos da CCT, além de novas conquistas. A nova CCT será assinada nesta sexta-feira 31, às 14h, pelo Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, em São Paulo. Os Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Caixa e do Banco do Brasil também serão assinados nesta sexta, na capital paulista.
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A assembleia dos bancos privados (Bradesco, Itaú, Santander e outros) foi no Clube Homs, na Avenida Paulista. A dos bancários do BB foi na Casa de Portugal, na Liberdade; e a dos empregados da Caixa foi na Quadra dos Bancários, na Sé.
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A proposta prevê também acordo com validade de dois anos, já garantida para 2019 a manutenção de todos os direitos, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas (VA, VR, 13ª Cesta, Auxílio-Babá/Creche). A proposta avançou em outras garantias, com a de todos os direitos também para os empregados hipersuficientes (bancários com salários a partir de R$ 11.291,60), criados pela nova lei trabalhista. A priori, esses trabalhadores poderiam estabelecer suas condições de trabalho diretamente com o empregador, e não estariam resguardados pelo acordo coletivo da categoria.
Com a aprovação a primeira parcela da PLR será paga em 20 de setembro.
Para a presidenta Ivone Silva, a proposta aprovada é uma grande vitória diante de um cenário temerário, de retirada de direitos, precarização do trabalho e ataque às organizações de trabalhadores no país. “A proposta conquistada pela categoria, após dez exaustivas rodadas de negociação, prevê, além de aumento real, a manutenção das nossas conquistas históricas e avança outros direitos. Garante ainda os direitos a cerca de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes, o que foi uma vitória da categoria bancária contra a reforma trabalhista”, ressalta a dirigente.
“É importante lembrar que a Campanha Nacional começou com a consulta aos bancários de todo o país sobre as principais demandas da categoria, passou pelas mesas de negociação - muitas delas sem proposta alguma por parte dos bancos ou com proposições insuficientes -, mobilizações nos locais de trabalho e nas redes sociais e terminou agora com a aprovação da proposta em assembleia”, acrescenta.
Ivone Silva lembra que a proposta foi aprovada em tempo hábil, antes da data base da categoria (1º de setembro), e que contemplou, nas mesas específicas, também todos os direitos dos bancários da Caixa e do Banco do Brasil. “É uma conquista histórica ante um cenário de desmonte dos bancos públicos promovido pelo governo ilegítimo de Temer”, salienta.
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Aumento real acima da média dos acordos
Levantamento feito pelo Dieese, que levou em conta 4.659 acordos fechados entre janeiro e julho deste ano, mostra que o aumento real médio foi de 0,97%. A força da categoria bancária, na mesa de negociação com os bancos e nas mobilizações em todo o país, garantiu reajuste de 5% com ganho real de 1,18%.