A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, comemorou a proposta conquistada pela categoria durante a campanha salarial deste ano. “Foi uma negociação em uma conjuntura muito difícil. Desde o golpe de 2016 estamos nas ruas com a população contra a retirada de direitos, contra a reforma trabalhista. Sabemos que ela, infelizmente passou. E nossa campanha salarial alcançou alguns objetivos”, disse, em entrevista a Rafael Garcial, na Rádio Brasil Atual.
A entrevista foi ao ar na edição da tarde de terça-feira 29, do Jornal Brasil Atual. Ouça a entrevista na íntegra na Rede Brasil Atual.
A categoria decide em assembleias em todo o país, a maioria na quarta-feira 29, se aceita ou não os termos do acordo. Os bancários de São Paulo, Osasco e região aprovaram a proposta em assembleias lotadas de trabalhadores de bancos privados, do Banco do Brasil e da Caixa. “Montamos uma estratégia de aumento real sem perda de direitos e também a manutenção de uma mesa única, com bancos públicos e privados seguindo as mesmas orientações. Conseguimos o reajuste de 5%, que dá 1,18% de aumento real. Conseguimos manter todos os nossos direitos da convenção coletiva. Conseguimos manter os direitos dos acordos coletivos do Banco do Brasil, da Caixa e dos bancos regionais”, afirmou.
Para Ivone, o acordo foi abrangente e satisfatório. Como foi aprovado nas assembleias, a ideia é assinar o acordo no dia 31. “Foi demonstrada a força de todos os bancários em todo o Brasil. Uma categoria única com uma condição coletiva nacional que abrange 160 bancos. Todos os sindicatos negociam nesta mesa, é algo fantástico.”
A dirigente observa que o acordo trará ganhos também para a economia de todo o país. “São quase 500 mil trabalhadores. Após a assinatura do acordo, os trabalhadores receberão suas participações nos lucros ou resultados (PLR) até o dia 20 de setembro. Isso ajuda a economia porque injeta dinheiro no país. Ajuda muito também o bancário em relação a despesas extras e valoriza o bancário, ele que fez o lucro dos bancos. Isso é muito importante”, ressaltou.
Ivone relata que a organização da campanha salarial envolve elevado nível de participação. “Começa com uma consulta com os bancários. Depois tem as conferências estaduais, depois a conferência nacional. Todo mundo participa da campanha. Ela só se encerra após as assembleias em que a categoria diz se aceita ou não. É uma democracia na campanha nacional. Gostaríamos que o país tivesse uma democracia como a categoria dos bancários.”