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Ex-bancário ganhou ação sobre jornada

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Trabalhador conta que tomou conhecimento sobre direito por meio da <i>Folha Bancária</i>
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São Paulo – Paulo Alves de Lima trabalhou na extinta Nossa Caixa (atualmente Banco do Brasil) e conquistou na Justiça reparação pelo desrespeito do banco à jornada de seis horas A vitória veio após processo movido pelo Sindicato. “A gente trabalhava bem mais que a jornada estipulada de seis horas, fazíamos mais de oito horas”, ressalta.

Em 1997, a sentença foi favorável ao trabalhador, mas o departamento jurídico da entidade não concordou com os valores e a ação continuou correndo na Justiça. “Na época recebi o valor mesmo desatualizado e comprei um computador que me possibilitou continuar trabalhando com arte visual”, lembra o ex-funcionário do banco estadual, que atualmente é professor universitário de Comunicação.

Paulo lembra que ficou sabendo do direito por meio de uma reportagem da Folha Bancária e foi ao Sindicato. “Foi mais simples do que eu imaginava. Informaram quais documentos eu precisava apresentar, providenciei e dei encaminhamento. Recordo de muitos colegas que trabalhavam comigo e tinham o mesmo direito, mas não foram buscar reparação por meio do Sindicato. Ficaram sem receber.”

Após 15 anos de ter reconhecido o direito, mas não receber o valor justo, o trabalhador ficou surpreso ao receber um contato do departamento jurídico informado que o valor atualizado do processo que moveu há mais de 20 anos estava disponível. “Reconheço o trabalho do Sindicato que mesmo com a demora na Justiça não esmoreceu e fez praticamente um trabalho de detetive para me localizar e entregar o dinheiro, pois mudei para vários endereços durante esse período”, relata.

Questionado sobre a importância do Sindicato para defender os direitos dos trabalhadores, desabafa. “Sindicato faz a vida do trabalhador se tornar mais fácil. No mercado de trabalho atualmente ouço o discurso de que o funcionário deve vestir a camisa da empresa. Discordo, o trabalhador tem de vestir mesmo é a camisa do seu Sindicato. É isso que ensino para as minhas filhas.”


Carlos Fernandes - 14/9/2012

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