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Resistência

Cassi: bancários dizem não à proposta do BB

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Votação da reforma estatutária teve mais de 91 mil votos contrários
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Foto: Freepik

Na última sexta-feira 5, foi apurado o resultado da votação da reforma estatutária da Cassi. Ao todo, 132.504 associados votaram; destes, 91.796 disseram não à proposta do Banco do Brasil, que retira direitos e onera o participante. Em contrapartida, 38.970 votaram a favor. Foram registrados também 805 votos brancos e 933 nulos. O Sindicato, a Contraf-CUT e outras entidades representativas dos trabalhadores defenderam o voto não.

A mudança estatutária da Cassi feria a representação dos associados com a mudanças de governança na Caixa de Assistência. Para isso, o BB usou de métodos, como: assédio, mensagens nos terminais de autoatendimento e nos celulares dos funcionários, como nunca havia feito em nenhuma campanha anterior, como lembra a Contraf-CUT.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Fukunaga, o momento é de união para discutir os rumos da caixa de assistência.

“Agora é hora de chamar a unidade. Precisamos discutir com seriedade formas de sair desta crise na Cassi e, para isso, o banco precisa se dispor a negociar com os representantes dos trabalhadores. Em 2016, na ocasião da votação do Memorando de Entendimentos, tivemos uma resposta semelhante por parte dos bancários. Por isso entendemos que a negociação é sempre a melhor saída”, defendeu.

Agora, o Banco do Brasil tem até 30 dias ara apresentar uma nova proposta para apreciação dos associados.

Relembre

As mudanças sugeridas pelo BB onerariam todos os associados, transformando a contribuição extraordinária em permanente e estabelecendo cobrança por dependente. Além disso, o banco também propôs mudanças na governança da Cassi, acabando com a paridade na gestão, com duas diretorias nas mãos de representantes do mercado e o voto de minerva para o banco.

Os representantes dos trabalhadores, por outro lado, apresentaram uma proposta detalhada para a sustentabilidade da Cassi. A proposta preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.

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