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DÉFICIT

Economus: Sindicato cobra negociação séria com Banco do Brasil

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Fundo de pensão e plano de saúde dos funcionários da antiga Nossa Caixa operam em déficit e movimento sindical exige solução que não implique em supressão de direitos ou que os custos recaiam exclusivamente sobre os associados
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Arte: Freepik

São Paulo – Representantes dos trabalhadores cobraram de integrantes do Banco do Brasil negociação séria a respeito do déficit operado pelo Economus, como é chamado o fundo de pensão e o plano de saúde dos funcionários da antiga Nossa Caixa (incorporada pelo Banco do Brasil em 2009).

“A situação é bastante grave e deve ser tratada com seriedade por meio de negociação com representantes dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu com a Cassi”, afirma a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Adriana Ferreira, presente è reunião que ocorreu na quinta-feira 30.

A situação deficitária da Cassi (caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil) foi motivo de mais de 15 meses de negociação entre representantes dos trabalhadores e integrantes da patrocinadora, o que resultou em uma proposta que não prejudicou os direitos dos associados.

O mesmo não ocorreu no Economus, já que o banco nunca aceitou negociar com os trabalhadores uma solução para o déficit, mesmo o movimento sindical insistindo nessa reivindicação há mais de três anos.

Em meados do ano foi colocado em prática o último plano de equacionamento cujos bancários associados tiveram de arcar com os custos. O Sindicato havia alertado que aquela saída não resolveria o déficit. Trava-se apenas de uma solução paliativa a fim de empurrar o problema adiante.

Vale lembrar que a diretoria do Economus é totalmente indicada pelo banco, e a participação dos trabalhadores está restrita aos conselhos fiscal e deliberativo. 

A imprensa vem noticiando que o Economus opera com rombo. “A palavra rombo implica supressão de valores, falcatruas, e é importante salientar que até o momento isso não foi comprovado”, diz Adriana.

A dirigente explica que um dos principais motivos para o déficit deriva do pagamento de pensões e pecúlio através de regime de caixa – ou seja, o dinheiro não era capitalizado. Mas no começo do ano, a Previc (órgão regulador dos fundos de pensão) obrigou o Economus a alterar a forma de pagamento para capitalização. 

“Já é possível saber que o balanço deste ano será fechado com novo déficit, o que irá gerar a necessidade de novo equacionamento. Por isso cobramos negociação com o Banco do Brasil, que é o patrocinador do Economus”, ressalta a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Adriana Ferreira.

“O novo gestor do Economus se mostrou favorável a uma política de aproximação com as entidades representativas dos trabalhadores, e esperamos que essa impressão resulte em uma negociação que encontre solução para o déficit”, reforça a dirigente.

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