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Sindicato protesta contra retorno do home office no Santander

Linha fina
Ato que cobrou respeito à vida dos bancários foi em frente ao Quarteirão de Investimentos, departamento do banco no centro da capital paulista
Imagem Destaque
Foto: Seeb-SP

Mais uma vez, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região foi às ruas protestar contra o retorno ao trabalho presencial que o Santander está promovendo em alguns setores do banco. O ato, nesta quinta-feira 17, foi em frente ao Quarteirão de Investimentos, que fica no Centro de São Paulo. Boa parte dos bancários que estava em home office por conta da pandemia de coronavírus, foi convocada a retomar as atividades nas dependências do banco, o que coloca em risco a saúde desses trabalhadores e a de seus familiares.

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“Para o Santander, o lucro vale mais do que a vida. Ainda estamos no auge da pandemia no Brasil, com médias diárias de mortes por Covid-19 que ultrapassam 700, e o banco espanhol obriga seus funcionários a sair do home office para retomarem o trabalho presencial. Estimamos que entre 70% a 80% dos bancários do Santander que estavam trabalhando de casa já tenham sido convocados a retornarem a agências e departamentos, como a Torre e o Quarteirão de Investimentos. É desumano, um desrespeito com os funcionários”, critica o dirigente sindical André Camorozano, bancário do Santander.

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No caso do Quarteirão de Investimentos há agravantes: no prédio já foram detectados pelos menos dez casos de bancários com Covid-19.

Demissões

Durante a manifestação, com faixas e microfones, dirigentes do Sindicato também denunciaram aos bancários e à população as demissões que estão ocorrendo no banco espanhol, desrespeitando compromisso assumido pelo Santander Brasil de não demitir durante a pandemia. “O grupo Santander tem no Brasil sua maior fatia de lucro, que aumentou e chegou a 32% de todo o resultado mundial. Mesmo assim, o banco espanhol não respeita o país nem os trabalhadores brasileiros e contribui com o desemprego que já atinge quase 13 milhões de pessoas, mandando pra rua pais e mães de família. E isso mesmo com um lucro de R$ 6 bilhões”, destaca André.

Terceirização

No ato, o Sindicato cobrou também uma resposta do banco sobre o desmonte que está sendo promovido no Call Center, o Vila SP, que deverá ser fechado até dezembro. Por outro lado, o Santander anunciou um call center terceirizado em Novo Hamburgo (RS). “Esta situação está gerando uma apreensão muito grande entre os bancários do Vila, que não sabem se continuarão empregados. Estamos cobrando resposta do banco sobre essa questão e os protestos vão aumentar porque queremos que o banco marque negociação para discutir a situação do Vila Satander. Os trabalhadores tem pressa”, avisa o dirigente.

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