São Paulo – O Banco do Brasil assumiu de vez, no primeiro dia útil de 2012, a parceria com os Correios no Banco Postal para a prestação de serviços financeiros. O posto era ocupado pelo Bradesco desde 2002.
Desde o fim do mês de novembro, o BB operava como teste em 17 pontos de atendimento em agências dos Correios abertas após a licitação vencida pela instituição pública.
O leilão pelo Banco Postal aconteceu em maio de 2011 e foi vencido pelo Banco do Brasil num lance de R$ 2,3 bilhões, considerado “alto” pelo mercado. Os Correios têm 6 mil agências próprias que oferecem os serviços do Banco Postal em 5.273 cidades brasileiras – ou 95% do território brasileiro – com faturamento anual na casa de R$ 1 bilhão. O contrato é de cinco anos e seis meses, prorrogáveis por mais cinco.
Nas agências do Banco Postal são oferecidos serviços bancários básicos, como abertura de contas, saques, depósitos, pagamentos, consulta de saldos e extratos e recebimento de benefícios do INSS.
Direitos – Para o Sindicato, há problemas nas relações trabalhistas e na segurança do Banco Postal. “Em algumas regiões do país, há liminares da Justiça por não cumprimento de exigências da lei 7.102/83 quanto à segurança. Estados como Alagoas, não podem abrir novas unidades, e em Sergipe as unidades deveriam fazer adaptações”, relata o diretor do Sindicato Ernesto Izumi. “Também há ações judiciais que reivindicam direitos de bancários para os trabalhadores do Banco Postal e também indenização em casos de assalto.”
O dirigente lembra que a preocupação do Sindicato é com o processo de terceirização da atividade bancária, que ameaça a categoria. “A prestação de serviços por trabalhadores com menos direitos e sujeitos a mais insegurança é algo que não podemos admitir.”
Redação com informações da Folha de S. Paulo - 2/1/2012