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Lucro do Santander cresce no Brasil

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Resultado chegou a R$ 7,8 bi em 2011, 5% maior que o de 2010, e participação do país no lucro global passou de 25% para 28%
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São Paulo – O Santander Brasil fechou 2011 com um lucro líquido de R$ 7,755 bilhões. O resultado foi 5,1% maior que o de 2010, quando o lucro do banco ficou em R$ 7,382 bilhões, segundo o padrão contábil internacional IFRS.

O balanço da instituição, divulgado nesta terça-feira 31, também apontou lucro de R$ 1,799 bilhão no quarto trimestre de 2011, saldo praticamente igual ao terceiro trimestre do ano passado.

Com esse resultado, a participação do Brasil no lucro global do grupo Santander passou de 25% para 28%, entre 2010 e 2011. Além disso, pela primeira vez os países da América Latina respondem por mais da metade do resultado do grupo, representando 51% do lucro global.

"Os trabalhadores do Brasil e da América Latina mostram sua importância quando alcançam 51% do lucro do grupo espanhol", ressalta a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa. Ela destaca ainda que, sem o Brasil, a participação da América Latina passou de 18%, em 2010, para 23%, em 2011, um crescimento de cinco pontos percentuais. Enquanto isso, a contribuição da Espanha no resultado geral caiu de 15% para 9%, entre 2010 e 2011.

Os ativos do Santander Brasil também cresceram, 6,7%, alcançando R$ 399,886 bilhões. E o patrimônio líquido totalizou R$ 65,579 bilhões, aumento de 1,12% em relação a 2010.

A carteira de crédito também cresceu. Somou R$ 194,184 bilhões, alta de 20,9% em doze meses, com destaque para a carteira de pequenas e médias empresas, com alta de 25,6%, e para a de pessoa física, que aumentou 24,4%. Já a carteira de crédito ampliada, onde entram compra de carteira e outras operações com risco de crédito, obteve alta de 21,3% e totalizou R$ 208,862 bilhões.

Déficit de mão de obra – O balanço também mostra que o número de agências aumentou, mas não na mesma proporção que o número de funcionários. O Santander fechou o ano passado com 2.355 agências, 154 a mais que em 2010, quando chegou a 2.201 unidades, um crescimento de 7%.

Ao mesmo tempo, o número de empregados teve uma variação percentual de apenas 0,36%, passando de 54.406 em dezembro de 2010, para 54.602 em dezembro de 2011. Ou seja, um saldo de contratações de apenas 196 funcionários.

O balanço mostra que o Santander demitiu principalmente no segundo e terceiro trimestres de 2011, para depois contratar no último trimestre do ano. De setembro a dezembro do ano passado foram 1.832 contratações. “Os dados mostram que as demissões ocorreram por substituição de mão de obra, ou seja, pela troca de um trabalhador com melhor salário por outro com remuneração menor. Mas o banco ainda está em débito com clientes e trabalhadores, abrindo menos agências do que prometeu e contratando menos do que o necessário para suprir sua carência de mão de obra na rede”, diz Rita.

PLR – A dirigente também reforça que os ótimos resultados do banco espanhol no Brasil mostram que a instituição pode muito bem pagar o teto da PLR para seus funcionários (2,2 salários mais parcela fixa de R$ 2.800). “Com os números apresentados, os trabalhadores estão de parabéns. Isso mostra o nível de comprometimento do bancário com a empresa. Num momento de dificuldades na Europa, são os trabalhadores brasileiros que estão melhorando os resultados do banco e merecem ser recompensados por isso.”

América Latina – No ranking dos mercados latinos do Santander, o México ocupa o segundo lugar, com lucro líquido de 936 milhões de euros, 40% a mais que em 2010. A Colômbia também apresentou um crescimento considerável, de 43%, ficando em 58 milhões de euros. Ainda assim, o banco vendeu sua participação naquele país.


*Atualizada às 18h45 de 31/1/2012


Redação, com informações do G1 - 31/1/2012

 

 

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