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Funcionários do BB desrespeitados e coagidos

Linha fina
Direção impõe plano de cargos e salários e pressiona bancários a aceitarem novas regras de jornada
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São Paulo - A direção do Banco do Brasil mais uma vez desrespeitou seus funcionários ao decidir, de forma unilateral, o novo plano de cargos e salários. O descaso se deu na apresentação do plano, implementado na segunda-feira 28, em reunião com o Sindicato.

No novo plano imposto pelo BB, cerca de 22 mil funcionários poderão optar por manter os cargos de oito horas ou reduzir suas jornadas para seis horas. No entanto, além de ter elaborado unilateralmente todo o planejamento, a instituição também está reduzindo salários dos funcionários que optarem pela redução de jornada.

“O Sindicato critica a redução salarial e a implantação unilateral sem negociação. O banco fez mudanças que trarão prejuízos salariais aos funcionários que optarão pelas seis horas, dependendo do seu tempo de banco e da função exercida”, afirma o dirigente sindical Claudio Luis de Souza.

Plenárias – O Sindicato vai realizar plenárias nesta quinta-feira 31, às 19 h, na Quadra do Sindicato (RuaTabatinguera, 192, Sé), para discussão do plano de cargos e salários.

O banco fez a alteração também para os cargos de oito horas, mudando nome de funções e atribuições, dando um prazo de seis dias para o funcionário aceitar a nova função de oito horas, por meio da assinatura de um documento. Quem não aceitar essa função será descomissionado.

Claudio Luis ressalta que a direção do BB está coagindo seus funcionários. “De imediato, nossa maior preocupação é com os cargos que serão mantidos nas oito horas, em que a pessoa terá de assinar um termo para se decidir.”

Os funcionários cujos cargos de oito horas virarão de seis horas não terão prazo para adesão.

O Sindicato está acionando o departamento jurídico para prestar orientações aos trabalhadores e é essencial aguardar a posição da entidade antes da tomada de qualquer decisão. “É importante que os funcionários procurem o Sindicato enviando o maior número de informações para que a gente possa ir analisando durante esses dias e que possamos compartilhar na plenária”, salienta o dirigente.

O compromisso do banco de implementar um plano de cargo de seis horas é fruto da Campanha Nacional Unificada e de ações judiciais. Nessa negociação, o BB se propôs a implantar a Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) na qual se comprometeu a pagar uma indenização pelos últimos cinco anos aos funcionários que optarem pela jornada de seis horas.

Escreva suas dúvidas para o Sindicato no Fale Conosco (setor: site) ou direto pelo [email protected].


Rodolfo Wrolli - 28/1/2013

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