São Paulo – No penúltimo dia de 2013 a Caixa ressuscitou a Circular Interna 293. Publicada originalmente em 2006, determina a alteração compulsória da jornada de trabalho e da gratificação dos empregados com cargo em comissão técnica ou de assessoramento de oito horas, que ajuizaram ação (individual ou conjunta por meio de entidades sindicais) questionando a jornada além da sexta hora diária.
Com a medida, serão prejudicados os trabalhadores de cargos técnicos que possuem jornada de oito horas e estão contemplados na ação coletiva movida pela Apcef/SP de redução da jornada sem redução salarial.
De acordo com a avaliação do dirigente sindical e empregado da Caixa Dionísio Reis, o ressurgimento da CI 293 tem por objetivo atacar a organização dos trabalhadores. “A intenção do banco parece ser minar a livre organização dos trabalhadores, que buscam seus direitos por meio das suas entidades”, avalia.
Para o movimento sindical, o restabelecimento da circular neste momento é uma forma de retaliação à organização dos empregados, que no ano passado conquistaram um representante eleito no Conselho de Administração (CA), a principal instância decisória do banco público.
A eleição direta para que os trabalhadores participem da gestão das empresas públicas federais é conquista do Sindicato e da CUT.
“O movimento sindical está pressionando a Caixa para que revogue essa circular interna que tanto prejudica os trabalhadores”, afirma o dirigente Dionísio Reis.
Redação – 17/1/2014
