São Paulo – A direção do Banco do Brasil anunciou mais uma reestruturação, desta vez em uma de suas vice-presidências, a Vipin. Respaldado por casos semelhantes anteriores, o Sindicato cobra que não voltem a ocorrer descomissionamentos.
No ano passado, houve reestruturações em dois departamentos envolvendo funcionários da base do Sindicato: Ditec e Gerat. Em ambos todos perderam as funções. No Gerat, somente após nova concorrência, por meio do sistema de pontuação para concorrências TAO, alguns recuperaram as comissões, mas ainda assim seis permaneceram sem.
O Sindicato realizou uma série de protestos e reivindica que esses bancários tenham oportunidades no banco.
Segundo o funcionário do Banco do Brasil e dirigente sindical Claudio Luis de Souza, as reestruturações promovidas pela instituição implicam quase sempre no descomissionamento e na abertura de um novo processo de concorrência.
“Tem gente que estava há 10 anos na mesma função e teve de concorrer novamente para o mesmo cargo ou até mesmo para posições inferiores, e é nesse processo que o banco faz a redução do quadro, comissionando ou dispensando quem eles querem”, afirma Claudio Luis.
Prefixo – No BB, os cargos estão vinculados ao número do prefixo do departamento. Portanto, os descomissionamentos e um novo processo de concorrência para as mesmas vagas ocorrem se o banco mudar o prefixo do setor afetado pela reestruturação.
A instituição ainda não informou se irá alterar os prefixos dos setores envolvidos. Nos casos anteriores sempre que houve mudança no nome de uma diretoria, o prefixo também foi alterado. Claudio Luis alerta aos bancários para que fiquem atentos.
“O Sindicato cobra para que não haja descomissionamento e nem mudança do prefixo”, ressalta o dirigente, acrescentando que o Banco do Brasil enfrentará protestos caso contrário.
Reestruturação – A reestruturação na Vipin, vice presidência responsável pelos setores de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank. A diretoria de negócios internacionais, por exemplo, deixará de existir e suas atribuições serão dividias entre duas das novas diretorias: negócios corporativos e soluções de atacado.
Segundo Claudio Luis, o conselho de administração do BB tem como estratégia a melhoria do índice de eficiência por meio da redução de custos. “E quem paga o preço com a implantação de medidas neste sentido quase sempre é o trabalhador. O Sindicato não aceitará calado mais essa reorganização às custas dos bancários”, afirma o dirigente.
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Rodolfo Wrolli - 13/1/2014
