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Força-tarefa transtorna bancários do Bradesco

Linha fina
Banco monta operação para atender novos clientes e não leva em consideração rotina dos funcionários convocados para o serviço
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São Paulo – Recentemente o Bradesco abocanhou a folha de pagamento de cerca de sete mil funcionários do hospital Albert Einstein, um dos mais caros e conceituados do Brasil. Para abrir as novas contas, o banco montou uma força-tarefa integrada por um batalhão de 150 funcionários, em sua maioria formada por gerentes de pessoa física e gerentes assistentes.

Originários de agências situadas em diversas cidades da base do Sindicato, esses bancários terão de alterar drasticamente suas rotinas de trabalho para cumprir com o dever estabelecido pelo banco, em duas jornadas distintas: das 6h às 15h e das 14h às 20h30, entre os dias 29 de janeiro e 7 de fevereiro.

Segundo o dirigente sindical Alexadre Bertazzo, o Sindicato vem recebendo diversas queixas denunciando a intransigência do banco no processo de convocação desses bancários.
“O banco sequer levou em consideração se esses funcionários poderiam alterar suas rotinas. Muitos fazem faculdade ou outros cursos, tem gente que mora muito longe do hospital, que fica em um local isolado”, comenta.

O Bradesco, por sua vez, alega que disponibilizará estacionamento aos integrantes da força-tarefa e reembolsará R$ 0,65 por quilômetro rodado no deslocamento até o hospital. “Isso não é suficiente diante dos transtornos causados pela alteração da rotina”, critica Alexandre.  

Diante das denúncias, o Sindicato procurou o banco, que prometeu mais flexibilidade na convocação dos funcionários. De acordo com Alexandre, no entanto, a intransigência do Bradesco continua, pois as reclamações dos bancários não cessaram.  

“É importante que os funcionários que se sintam prejudicados pela alteração na rotina de trabalho procurem o Sindicato e denunciem. O sigilo será absoluto. Vamos continuar cobrando para que o Bradesco respeite seus trabalhadores”, garante Alexandre. Para denunciar ligue no 3188-5200.


Rodolfo Wrolli – 29/1/2014

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