São Paulo – Os funcionários do Bradesco que no ano passado foram deslocados de agências para reforçar o departamento de Câmbio nas concentrações Nova Central e Paulista estão sendo obrigados a retomar suas funções nas unidades bancárias.
A mudança está causando insatisfação e insegurança. “Eu acho [a transferência] injusta, pois estamos há um ano fora das agências, o serviço mudou, aprendemos todo o trabalho daqui”, conta um funcionário que atuava como gerente. “Não tenho mais carteira de clientes, pois ela foi passada para outra pessoa. Não sou mais funcionário nem de agência e nem do Câmbio. É complicado. Ninguém fala onde nós vamos trabalhar. Estamos inseguros”, acrescenta.
Segundo apuração do Sindicato, dos cerca de 50 funcionários transferidos para o Câmbio, só restam 13 atualmente. Desses, pelo menos cinco vão embora até o fim do mês e outros cinco sairão no mês que vem.
“O coordenador do departamento operacional disse que existe uma probabilidade remota de que uns três funcionários que vieram das agências continuem”, diz um deles.
O dirigente sindical Vanderlei Alves explica que mesmo sabendo que a transferência era temporária, havia a expectativa de parte desses bancários de permanecerem atuando no setor.
“Eles terão de começar do zero nas agências, muitos vão ter de trabalhar em outras unidades, com outros gerentes, sem carteira de clientes, e com isso eles correm o risco de perder o emprego”, afirma.
De acordo com Vanderlei, o Bradesco havia garantido que ao menos 20% desses funcionários continuariam no Câmbio. “Estamos acompanhando o processo e cobramos que esse remanejamento não prejudique os trabalhadores”, completa o dirigente.
Rodolfo Wrolli – 20/1/2014
