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Sindicato cobra soluções da direção do BB

Linha fina
Equipamentos de ar-condicionado quebrados e problemas de estrutura são discutidos. Dirigentes apontam falta de planejamento
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São Paulo – Depois de diversas manifestações e paralisações em protesto contra a falta de ar-condicionado e contra as más condições de trabalho nas agências, dirigentes do Sindicato e representantes do Banco do Brasil reuniram-se na terça 28.

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Os trabalhadores cobraram soluções para os problemas de várias unidades, entre elas as que estão com equipamentos de ar-condicionado quebrados, como as agências Pinheiros (paralisada em 17 de janeiro), Ponte Morumbi, Patriarca, Belmira Marin, Alto Shopping Aricanduva, Vila Formosa, Matriz e 24 de Maio. Essa última foi paralisada no dia 24 e, depois da atuação do Sindicato, está com o sistema de climatização funcionando parcialmente.

Falta planejamento – Para o Sindicato, há problema de planejamento. “Não é a primeira vez que procuramos o Centro de Serviços de Logística de São Paulo (Cenop), que é a área responsável pelas licitações de contratos para manutenção dos equipamentos de ar-condicionado e pelas obras. Eles sabem muito bem quais são os problemas. A questão é planejar”, diz o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi.

Ele reforça que a instituição tem o dever de zelar pelo bom funcionamento das instalações. “Antes de vencer um contrato, é necessário que o banco se antecipe, com tempo hábil, para que as licitações, que são fundamentais para a transparência da empresa pública, sejam feitas”, afirmou.

“Embora o banco tenha feito reformas, a gestão do Cenop continua sendo atribuição de um mesmo funcionário, há cerca de três anos. Por conta das nossas manifestações, o banco sabe muito bem quais são os problemas enfrentados pelos bancários”, comenta o diretor do Sindicato Paulo Rangel.

Representantes do banco afirmaram na reunião que todas as agências da base do Sindicato estão com processos licitatórios em dia. Os dirigentes sindicais cobraram que as empresas que não cumprem devidamente os contratos sejam acionadas.

Estrutura inadequada – Além da falta de ar-condicionado, o Sindicato reivindicou soluções para outros problemas relativos às condições de trabalho.

A unidade da Av. Mutinga, em Pirituba, tem instalação muito pequena para a sua demanda , assim como o antigo posto de atendimento bancário (PAB) do Hospital da Polícia Militar, no Tucuruvi – que foi transformado em agência, mas não tem estrutura para o aumento de funcionários e público. Representantes do banco não se posicionaram.

Outro exemplo é a agência da Heitor Penteado, na zona oeste, que foi interditada pela Prefeitura em 28 de janeiro por falta de alvará. Integrantes da Superintendência afirmaram que o fechamento aconteceu, pois faltaria um documento, cuja emissão seria de responsabilidade do condomínio. “A interdição prejudica clientes, causa transtorno para os trabalhadores e à imagem do banco público”, comenta Ernesto Izumi.

Participaram da reunião representantes da Superintendência do Banco do Brasil e departamentos, como o gerente-geral da Gestão de Pessoas, Maurício Lambiasi, e o gerente-geral do Cenop Logística, Leonel Prado de Moraes. Também participou um integrante do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt).

“Conforme o próprio gerente-geral do Cenop reconheceu, ele é o responsável primeiro por essa questão do ar-condicionado. Foi apresentado um plano, mas vamos continuar a cobrar respeito aos trabalhadores e clientes. Vamos manter nossa luta, com paralisações, caso o banco não atenda nossas reivindicações”, avisa Ernesto Izumi.


Mariana de Castro Alves – 28/1/2014

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