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Sindicato leva propostas sobre BET e teto à Previ

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Fim do Benefício Especial Temporário, volta da contribuição e implementação de teto para o Plano 1 foram discutidos em reunião com representantes do fundo de pensão
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Rio de Janeiro – Questões que preocupam bancários que participam do Plano 1 da Previ foram discutidas pelo Sindicato e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a diretoria do fundo de pensão, em reunião, no Rio de Janeiro, na terça 21.

O encontro foi solicitado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e tratou de dois pontos principais: o fim da distribuição de superávits, o chamado Benefício Especial Temporário (BET), e o teto dos benefícios do Plano 1.

Os representantes dos trabalhadores pediram esclarecimentos e apresentaram propostas de interesse dos bancários.

Fim do BET – O Benefício Especial Temporário foi um adicional pago mensalmente desde 2010. O BET começou a existir por decisão de distribuir os superávits do Plano 1 entre os participantes da ativa e aposentados.

Como as reservas de contingência – o quanto o fundo tem que guardar para eventualidades futuras – ficaram abaixo do requerido pela legislação (25% do necessário para o pagamento dos segurados), o benefício, relativo a uma situação específica de excedente de saldo, teve que acabar. Os participantes não terão mais o BET e também terão de voltar a contribuir pelo mesmo motivo, a partir de janeiro.

“Os aposentados recebiam o BET mensalmente na conta e isso deu a sensação de que o valor teria sido incorporado no orçamento”, diz o diretor do Sindicato Cláudio Luis, ao explicar que o fim do pagamento causou transtorno para os participantes aposentados, principalmente. Os da ativa receberam o benefício em contas individuais (siBET - saldo individual do BET) que irão se refletir apenas futuramente, quando da aposentadoria.

Na reunião, foram apresentadas duas propostas para minimizar o impacto para o associado. “Uma foi a possibilidade de estender o prazo para a suspensão de empréstimos simples para seis meses (hoje é de três). Outra foi a de que o participante da ativa possa utilizar a siBET para arcar com a volta das contribuições. A diretoria da Previ disse que vai analisar as duas”, afirma Cláudio Luis.

Teto – Os benefícios do Plano 1 nunca tiveram um valor máximo. Um teto é reivindicação dos trabalhadores.

“Proposta aprovada pelo 24º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, o teto seria importante para corrigir distorções, já que se trata de um fundo de benefício definido, com o qual todos contribuem”, afirma o dirigente sindical.

A direção da Previ apontou que o teto de benefícios deveria ser a remuneração de diretor do banco. O reajuste seria de acordo com os das campanhas salariais.

Em valores atuais, a remuneração de diretor é de aproximadamente R$ 44 mil. O maior valor pago hoje entre os assistidos como benefício da Previ é de cerca de R$ 39 mil.

“O Sindicato vai continuar a cobrar que esses temas sejam discutidos, que o banco negocie e que a Previ adote medidas ao seu alcance para amenizar as eventuais dificuldades para o associado”, conclui Cláudio Luis.

Sobre os beneficiários da Previ Futuro, plano destinado aos contratados a partir de 1998, os representantes dos trabalhadores mostraram que beneficiários demonstram receios de perda de rendimento. De acordo com a Previ, o Previ Futuro é um plano em fase de acumulação, os investimentos são de longo prazo e o histórico tem sido de boas rentabilidades na última década.


Mariana de Castro Alves – 23/1/2014

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