Pular para o conteúdo principal

Governo estadual prejudica bancários

Linha fina
Burocracia deixa trabalhadores da Nossa Caixa Desenvolvimento com salários e verbas congeladas
Imagem Destaque

São Paulo – A falta de comando e de administração do governo estadual está prejudicando os cerca de 150 bancários da Nossa Caixa Desenvolvimento que, embora tenham os mesmos direitos da categoria, estão com salários e verbas congeladas desde o ano passado.

Isso acontece porque a direção da empresa tem de aguardar a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para depois repassar o documento ao Conselho de Defesa de Capitais do Estado (Codec), órgão ligado à Secretaria da Fazenda do Estado responsável pela autorização dos reajustes aos trabalhadores. No entanto, desde o ano passado, o Codec não se pronuncia sobre o assunto e até agora os bancários estão com seus direitos congelados, como salários e os tíquetes refeição e alimentação.

“A data base da categoria é 1º de setembro e nada justifica uma demora como essa. Isso é um desrespeito aos trabalhadores e já tomamos todas as medidas para que o governo estadual respeite os direitos da categoria”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.

Desvalorização – A Nossa Caixa Desenvolvimento foi criada como agência de fomento estadual, logo após a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil. À época muitos funcionários do antigo banco público estadual foram para a nova empresa com a promessa de que seriam valorizados.

No entanto, passados quase três anos de fundação - teve autorização para operar pelo Banco Central a partir de março de 2009 – os funcionários reclamam que não há um Plano de Cargos e Salários (PCS). “A maioria dos funcionários está enquadrada como auxiliares, mas eles atuam como gerentes e analistas, pois são responsáveis por toda a parte legal e burocrática, por exemplo, na concessão de crédito aos municípios. Muitas vezes têm de atravessar o estado para concluir suas tarefas. No entanto, a remuneração dessas pessoas altamente especializadas é o piso de escriturário da categoria que é R$ 1.400”, critica Raquel, acrescentando que o Sindicato exige que seja iniciada negociação para construir um PCS aos trabalhadores com critérios justos e transparentes.


Jair Rosa - 10/02/2012
 

seja socio