Pular para o conteúdo principal

Mobilização arranca compromisso do Santander

Linha fina
Trabalhadores atenderam a chamado do Sindicato e paralisaram atividades contra as demissões no Depro Compensação
Imagem Destaque

São Paulo – A noite de quinta-feira 2 fevereiro ficará definitivamente marcada por um dos mais contundentes atos de mobilização e solidariedade dos trabalhadores do Santander. Nessa data, a totalidade do quadro de funcionários do Depro Compensação cruzou os braços por mais de quatro horas em protesto à demissão de treze empregados da terceirizada Service Bank ocorrida em 1º de fevereiro.

A paralisação começou às 19h30 e só foi suspensa por volta das 23h30, depois de o banco assumir compromisso de agendar uma reunião para a sexta 3 para discutir a situação dos trabalhadores. As demissões teriam ocorrido em função do início da chamada compensação por imagem.

> Veja as imagens da paralisação

Segundo a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa, durante a negociação foi reivindicada a suspensão das demissões e o reaproveitamento de todos os trabalhadores. “Essas pessoas também colaboraram decididamente para que o Santander tivesse o estupendo lucro de R$ 7,8 bilhões e merecem ter seus empregos e direitos respeitados”, destaca a dirigente, enfatizando a solidariedade dos trabalhadores. “Foi uma demonstração de força e unidade fundamentais para que o Santander negociasse”.

Diante das reivindicações dos representantes dos trabalhadores, a direção da empresa cancelou a dispensa de uma funcionária que gozava de estabilidade e se comprometeu em se empenhar para evitar demissões de bancários por meio do programa Mobilidade Interna e tentar aproveitar os terceirizados nas empresas que prestam serviço ao grupo. “Outros grandes bancos passaram por esse mesmo processo, mas mantiveram a totalidade dos trabalhadores. Uma empresa do porte mundial do Santander tem condições de fazer o mesmo”, afirma Rita Berlofa.

O banco também se comprometeu em fazer o pagamento das diferenças dos valores do tíquete-refeição descontados irregularmente dos terceirizados. Quando esses funcionários saíam em férias, por exemplo, os tíquetes não eram pagos. “O banco afirmou que tudo será pago. O pagamento, inclusive, está assegurado em carta compromisso que estabelece que os trabalhadores terceirizados têm de receber os mesmos vales refeição e alimentação e o piso da categoria bancária”, finaliza Rita.

A categoria recebe mensalmente 22 tíquetes de R$ 19,78, sem desconto nas férias. A cesta-alimentação é R$ 339,08.


Jair Rosa - 3/2/2012

seja socio