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Paralisação contra imposição do plano de funções

Linha fina
Atos em diversas unidades do BB mostraram insatisfação dos trabalhadores contra medidas do plano; mais de mil se mobilizaram no centro de São Paulo
Imagem Destaque

São Paulo - Mais um capítulo contra as medidas prejudiciais do plano de funções imposto pela direção do Banco do Brasil foi escrito, com manifestações dos funcionários dos complexos Compensação, Verbo Divino (Ditec, CSO e CSL), SAC, CSI, São João e XV de Novembro, em São Paulo.

> Fotos: imagens da mobilização em concentrações
> Vídeo: matéria especial sobre os protestos

Os funcionários paralisaram suas atividades por uma hora, na quinta 28, se mobilizaram em frente aos locais de trabalho e foram informados sobre as deliberações da assembleia ocorrida na segunda-feira 25, na qual foram aprovados o calendário de lutas e a realização de outra assembleia, no dia 5, para decidir sobre paralisação de 24 horas no dia 7.

Presente à manifestação e à assembleia de segunda, a bancária Rosana (nome fictício), considera fundamental a mobilização neste momento. “É muito importante participar de atos como o de hoje e principalmente das assembleias, porque a gente sabe que quando a direção do banco quer derrubar um movimento como esse, ela mobiliza os gerentes para votarem de acordo com os interesses do comando do banco, e nós temos que ser a maioria”, afirma a trabalhadora do complexo CSI.

O diretor executivo do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil Ernesto Izumi destacou a participação massiva na Ditec e no SAC e ressaltou a importância da mobilização e união nacional para pressionar o banco. “Vamos buscar a unidade nacional de todos os funcionários e regiões para lutar por melhorias no plano imposto pelo banco, como por exemplo, contra a redução salarial, a garantia de que todas as novas verbas salariais tenham reajuste no futuro e que o valor pago pelo exercício de função não seja reduzido”.

Nas atividades de hoje, o Sindicato também esclareceu dúvidas de bancários sobre as CCVs para discutir o pagamento das sétima e oitava horas como horas extras, o que foi rejeitado pelos funcionários na assembleia.  “O Sindicato fez valer a decisão dos bancários e, por isso, não haverá CCV na base da entidade, mesmo defendendo a instalação das mesmas”, explicou Izumi.

Comando Nacional - O Comando Nacional dos Bancários, que reúne os principais sindicatos e federações de trabalhadores do país, em reunião no último dia 22, já havia definido ações em todo o país. Entre as manifestações, que serão incorporadas às propostas aprovadas pelos bancários na assembleia do dia 25, ficou definida a organização de campanha nacional para denunciar ao governo e à sociedade o descaso da direção do Banco do Brasil contra seus trabalhadores.

Em 5 de março o Comando Nacional procurará parlamentares no Congresso Nacional, aos quais entregará documento com os problemas enfrentados pelos trabalhadores. No dia 6, após a Marcha das Centrais por Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho, ocorrerá reunião com o Ministério da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das questões dos funcionários do BB. E no dia 20 de março haverá Dia Nacional de Luta com paralisações. Outro protesto nacional, com novas paralisações, ocorrerá no final de abril.

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Ações sindicais – Além da paralisação, a terceira em duas semanas, e da assembleia do dia 25, os funcionários realizaram na quarta-feira 20 Dia Nacional de Luta que, em São Paulo, envolveu empregados das concentrações Marambaia, SAC, Compensação, CSA (Luz e São Luiz), São João, CSI e XV de Novembro. A primeira ocorrera em 6 de fevereiro com cerca de mil trabalhadores em frente ao Complexo São João, na região central da capital paulista.

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Além dos atos, o Sindicato entrou em contato com o senador Wellington Dias (PT-PI) e o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), denunciando a postura da direção da empresa.

A entidade já realizou reuniões com funcionários de setores do banco, como Ditec e Reseg, para os quais já estão sendo propostas ações judiciais.

Foi realizada também plenária na Quadra, com a participação de mais de 400 trabalhadores. O Sindicato conquistou, ainda, liminar ampliando em 30 dias o prazo para assinatura do chamado termo de posse à função comissionada para os cargos de oito horas. O termo visa impedir que funcionários questionem futuramente o pagamento das sétima e oitava horas como hora extra.

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Rodolfo Wrolli - 28/2/2013

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