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Santander decepciona em renião do CRT

Linha fina
Apensar de estar ciente da demanda dos trabalhadores, pouco trouxeram de concreto
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São Paulo - A direção do Santander frustrou os representantes dos funcionários ao não trazer respostas concretas para a reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) realizada na quarta 27. Os bancários cobram medidas efetivas para combate à sobrecarga, metas abusivas, ao assedio moral e mais temas relacionados às condições de trabalho em agências e departamentos.

"Nossas demandas já são de pleno conhecimento do banco e pouco a diretoria traz de retorno efetivo. Queremos um processo negocial sério, caso contrário vamos partir para a ação sindical nas ruas e em interlocuções com autoridades", afirma a diretora executiva do Sindicato, Maria Rosani, integrante do CRT.

A dirigente explica, por exemplo, que ainda há gestores que tornam públicos rankings de vendas por meio do envio de e-mails, o que é proibído pela cláusula 35 do acordo coletivo. Também reforça que os caixas não podem ter metas e, muito menos, ser avaliados por vendas. "Caixa é para atender, portanto queremos orientação por escrito neste sentido", diz.

Rosani apresentou e-mail enviado por uma regional aos gerentes com o nome e desempenho de cada funcionário, comprovando de forma cristalina a violação da norma coletiva. Houve também denúncias de exposição de ranking em reuniões, além de ameaças, pressões e assédio moral em videoconferências.

Foi reivindicado também o fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agências, das metas individuais, bem como a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, do desvio de funções nas agências envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios e de cobrança de metas para estagiário e menor aprendiz.

Sobre as bolsas de estudo, o banco afirmou que as inscrições para o primeiro semestre deste ano serão encerradas em 15 de março. Também foram debatidos pontos sobre segurança, reabilitação profissional, dentre outros.

"Via de regra, o banco ficou devendo muito em apresentar soluções ou medidas concretas para nossos problemas. Vários sindicatos, inclusive o nosso, têm recebido ligações de gerentes pedindo para nós ajudarmos a fechar a agência por não terem condições de atender ao público com um caixa apena . Esse exemplo reflete bem como os bancários vem sendo tratados pelo banco, com muito descaso", finaliza Rosani.

Reuniões temáticas - Foi cobrada, ainda, a retomada das reuniões temáticas de Saúde, Condições de Trabalho, Igualdade de Oportunidades, eleições no SantanderPrevi, Call Center e Pessoas com Deficiência (PCD). Foram marcadas para PCDs, 14 ou 15 de março, e condições de trabalho, 27 de março.


Redação - 28/2/2013

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