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Bancários cobram soluções para o Sipon

Linha fina
Dirigentes sindicais orientam empregados a assinalar corretamente a jornada para evitar o trabalho gratuito
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São Paulo – Os bancários na função de caixa continuam a enfrentar problemas no Sipon (sistema de marcação de ponto). Isso porque a direção do banco público não honrou o compromisso com os representantes dos trabalhadores de fazer a atualização do software para que o sistema operacional seja interrompido automaticamente ao término da jornada de trabalho do bancário.

A direção da empresa havia assegurado que resolveria o problema até 23 de janeiro. Com isso, o sistema travaria após o ponto eletrônico ser batido e a senha do bancário só funcionaria em um computador, para não ter possibilidade de trabalhar sem registro.

“A Caixa alega ter dificuldades técnicas para resolver a questão, mas os empregados não podem aguardar eternamente. Por isso, voltaremos a cobrar solução da empresa no fórum sobre condições de trabalho”, afirma o dirigente sindical Dionísio Reis “Nossa orientação é que os bancários prossigam assinalando corretamente sua jornada para que não sejam prejudicados.”

Raio X das agências – O fórum, conquista da Campanha Nacional Unificada 2013, reúne-se pela quarta vez no dia 13, quando, além de discutir o Sipon, a Caixa deverá apresentar dados solicitados pelos bancários para verificar as causas dos problemas nas unidades.

Os dirigentes exigem que a instituição financeira esclareça qual é o número de empregados por unidade, a quantidade de agências com menos de 15 bancários, como é feito o cálculo para dimensionar o número de trabalhadores para os novos estabelecimentos, a média de horas extras feitas e em quais cargos isso ocorre com mais frequência.

“Essas informações são essenciais para sabermos quais são as causas dos problemas e discutirmos soluções. Não concordamos, por exemplo, que o banco aguarde um ano, após a inauguração de uma agência, para averiguar se necessita de mais trabalhadores ou não”, afirma Dionísio.

No encontro, os dirigentes também irão reivindicar mais investimentos nos setores responsáveis pela logística e estrutura das agências: a Gilog, a Gipes e a Giseg. “A Caixa inaugurou mais de mil agências nos últimos dois anos e deve colocar em funcionamento por volta de 300 em 2014. No entanto, esses setores ficaram praticamente do mesmo tamanho. Esses trabalhadores, além de terem de dar conta das novas unidades são cobrados a todo instante pelas antigas agências para tratar desde reparo de ar-condicionado a conserto de porta de segurança”, finaliza o dirigente sindical.


Jair Rosa - 7/2/2013

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