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Dirigentes relatam problemas no CSO 1900

Linha fina
Representantes dos trabalhadores do Banco do Brasil expuseram ao novo gerente do setor queixas como assédio moral e cobrança pelo cumprimento de metas
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São Paulo – Integrantes do movimento sindical reuniram-se com representantes do Banco do Brasil para discutir problemas no CSO 1900. O departamento responsável por análise de operação e cadastro conta com novo gerente, Valdir Martins, que participou do encontro, realizado na sexta-feira 21.

Horário de trabalho – Cerca de 30 funcionários tiveram a rotina de trabalho alterada, passando a entrar uma hora mais tarde, às 8h. Foi reivindicado que a mudança fosse reconsiderada. “Argumentamos que a revisão da mudança não afetaria os negócios do banco e seria importante do ponto de vista da qualidade de vida dos funcionários, que são profissionais e dedicados à empresa, e não crianças que precisem ser vigiados, como teria afirmado um outro gestor”, relata o dirigente sindical Paulo Rangel, acrescentando que banco prometeu estudar caso a caso.

Assédio – Muitos funcionários do setor sofrem com problemas de assédio moral. O Sindicato cobra soluções nos casos que foram denunciados à entidade. Rangel lembra que nos casos em que a prática é comprovada, o assediador fica impedido de concorrer a cargos para gerente.

“Isso é conquista da campanha do ano passado. Se o assediador faz assédio e não está orientado, tem de se reposicionar. Se for um caso de assédio reincidente, não vamos aceitar de forma alguma ataque ao funcionário”, afirma o dirigente.

O Sindicato possui um canal de denúncia próprio por meio do site da entidade (clique aqui).

Na reunião foram lembrados, ainda, práticas da administração anterior do CSO, como proibição de realização de horas extras pelos funcionários que reduziram sua jornada de trabalho de oito para seis horas e criação de dificuldades à participação na Semana Interna de Prevenção de Acidentes e Trabalho (Sipat). Somente com a intervenção do Sindicato os direitos foram respeitados.  O gerente afirmou que esses casos não voltarão a ocorrer.

“Na campanha do ano passado conquistamos a prorrogação do período para realização de horas extras. Isso é importante para quem reduziu a jornada e teve redução salarial. Também temos ação trabalhista contra a redução salarial, mas ainda não foi julgada”, lembra Paulo Rangel.

Metas – Uma das principais reclamações é a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. Um exemplo é a exigência de que os processos sejam solucionados no mesmo dia, prática conhecida como D-zero. Foi cobrada a mudança dessa conduta. “Essa medida deve mudar, pois nem todas as operações têm de sair no mesmo dia. Vamos continuar o debate para que a metodologia seja revista”, salienta Rangel.

Segundo o dirigente, Valdir salientou a importância do movimento sindical para todos os funcionários, incluindo gerentes, e garantiu que vai respeitar a organização dos trabalhadores. “O Sindicato vai acompanhar sua gestão frente ao setor e esperamos que aquilo que foi conversado na reunião seja cumprido”, concluiu.


Rodolfo Wrolli – 24/2/2014

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