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Prédio do BB na Higienópolis é interditado

Linha fina
Elevadores quebrados, água suja e falta de segurança levam trabalhadores a parar suas atividades
Imagem Destaque

São Paulo – Um edifício de oito andares localizado na Avenida Angélica, uma das vias mais movimentadas da capital paulista, foi totalmente interditado pelo Sindicato na sexta-feira de Carnaval. Lá funciona o CSA, Centro de Suporte de Atacado, departamento que dá retaguarda a agências Corporate Banking, e uma agência Estilo, do Banco do Brasil.

A paralisação, promovida para exigir água potável, elevador e segurança, foi iniciada às 8h e durou todo o expediente.

Ferrugem – Os trabalhadores cobram que o banco forneça água para que não tenham que tirar do próprio bolso o dinheiro para comprá-la. “A caixa foi limpa, mas o prédio é antigo e a água sai amarela. A sujeira é tanta que os funcionários não confiam no filtro. Cada um compra a sua própria”, conta o dirigente sindical Cláudio Luis de Souza.

Pelas escadas – Outro problema relatado é que os dois elevadores que existem no edifício quebram constantemente.

Os oito andares do prédio são ocupados pelo BB, com exceção do sétimo. Assim, alguns bancários têm de subir até o oitavo piso pelas escadas.

"Todos os elevadores estavam sem funcionar. Hoje, com a paralisação, uma equipe de manutenção veio para arrumar e foi embora. Quinze minutos depois, teve de voltar porque tinham quebrado de novo", afirma Cláudio Luis.

Insegurança – Alegando necessidade de corte de custos, o banco retirou os vigilantes da entrada do prédio, há cerca de um ano. Essa é outra queixa dos funcionários, que se sentem inseguros.

“Tem vigilante apenas no quarto andar, onde é a agência. Reivindicamos que tenha também na entrada, para que haja segurança para todos”, destaca Cláudio.

“Há até extintores com validade vencida. As instalações antigas, as más condições de trabalho, a insegurança e o desrespeito... O banco precisa rever como trata seus empregados. Vamos continuar a cobrar e paralisações serão feitas até que se possa trabalhar com dignidade”, avisa o diretor do Sindicato.

Para a dirigente sindical da Fetec/CUT-SP Sílvia Muto, “além do assédio para o cumprimento de metas, o trabalhador fica exposto a péssimas condições de trabalho. É inadmissível que um banco que tenha R$ 15 bi de lucro desrespeite desta maneira o bancário que garante esse resultado”.

De acordo com Cláudio, representantes do Banco do Brasil disseram que a compra de galões será providenciada, mas não se manifestaram com relação aos elevadores e à segurança.


Mariana de Castro Alves – 28/2/2014

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