Sindicato expõe a auditor denúncias contra Bradesco

São Paulo – O auditor externo da certificação SA 8000, norma internacional que trata de condições de trabalho como saúde e segurança em empresas, reuniu-se com dirigentes sindicais e ouviu queixas relativas ao Bradesco. O banco tem a certificação desde 2007, mas o Sindicato apontou problemas enfrentados pelos trabalhadores na Cidade de Deus e em outras agências de São Paulo, Osasco e região.

“Não temos acesso a essas avaliações, mas fazemos a nossa parte ao apontar graves falhas do Bradesco no que se relaciona a condições de trabalho”, afirma a diretora do Sindicato Sandra Regina, que participou da reunião na terça 27.

Queixas – O auditor recebeu as reclamações e se comprometeu a levá-las em conta nas próximas auditorias. Os relatórios são feitos semestralmente e o mais recente foi finalizado na sexta 30.

A partir de solicitação de dirigentes, o profissional afirmou que irá a se reunir com o Sindicato antecipadamente, de modo que as queixas possam ser averiguadas a tempo de serem postas em seus futuros relatórios. Além disso, disse verificar dados do canal de combate ao assédio moral, um instrumento garantido em Convenção Coletiva que busca dar encaminhamento a denúncias.

Violações – Entre as denúncias apresentadas pelo Sindicato para avaliação da auditoria, estão a não disposição do Bradesco na abertura da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) para todos os funcionários vítimas de assaltos e outros eventos violentos nas agências.

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A questão das horas extras não contabilizadas para cumprimento de serviços como o de processamento de envelopes, para o qual não foram contratados novos funcionários, foi também apontada.

Foram lembradas, ainda, práticas que colocam a integridade física dos bancários em risco, como ordens para fazer triagens discriminatórias para atendimento na bateria de caixas.

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A falta de ambulância fixa e de ambulatório na Cidade de Deus também foram apresentadas como falhas do Bradesco na garantia de condições de trabalho.

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Mariana Castro Alves – 3/2/2015