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Funcionários exigem fim das metas individuais no BB

Linha fina
Em mesa de negociação, representantes dos trabalhadores criticaram novo programa de metas do banco, o Sinergia 2012
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São Paulo – Os representantes dos trabalhadores do Banco do Brasil apontaram à direção da instituição os pontos que consideram prejudiciais aos funcionários no novo programa de metas do banco, o Programa Sinergia 2012. O debate ocorreu em mesa de negociação permanente, nesta terça-feira 13, em Brasília.

“Somos contra metas individuais e elas não podem ser abusivas, pois dão margem para assédio moral e o consequente adoecimento dos bancários. Os casos de pressão por metas e assédio moral crescem no Banco do Brasil, uma instituição pública, e o Sinergia só vai piorar essa realidade”, afirma o direto do Sindicato e da Fetec-CUT Cláudio Luis de Souza, integrante da Comissão de Empresa dos funcionários do BB.

> Bancários questionam Programa Sinergia 2012 do BB

Os sindicatos ouviram os funcionários e a principal crítica ao programa apontada por eles é sobre a individualização das metas nas carteiras de clientes. Muitos gestores afirmam que antes, no antigo acordo de trabalho, tinham condições de gerir e acompanhar a evolução dos resultados na dependência como um todo e agora não é possível mais esta administração geral da agência.

“Não admitimos que as metas passem a ser cobradas das pessoas e não por unidades, nem que sejam divulgados rankings. O banco argumentou que o Sinergia não é punitivo, mas sim uma forma de incentivar os funcionários. Na prática não é isso que acontece e vamos buscar todos os meios para que esse processo seja interrompido”, ressalta o diretor do Sindicato, William Mendes.

Outras questões – Os trabalhadores também defenderam o pagamento da substituição do comissionado a quem assumir o cargo em seu lugar. “A ausência de um gestor comissionado resulta em sobrecarga para outros funcionários e eles devem ser compensados por isso”, diz Cláudio Luis.

O Sindicato também cobrou que o banco negocie em mesa a jornada de seis horas para os comissionados sem redução de salário, mas a direção do BB não apresentou proposta.

Outra reivindicação apresentada foi a incorporação do adicional noturno aos salários dos trabalhadores da compensação, mas o BB voltou a argumentar que isso não tem amparo legal. “Ainda que a lei não preveja, essa seria uma forma de valorizar esses bancários que dedicaram mais de uma década à instituição e agora enfrentam forte redução salarial”, reforça Cláudio Luis, acrescentando que o Sindicato também cobrou a priorização desses funcionários nas concorrências a cargos comissionados.

Dia de luta – Após a reunião, a Comissão de Empresa indicou para março novo dia nacional de luta por jornada de 6 horas para todos sem redução de salários e por propostas efetivas do banco para as questões que estão na mesa de negociações permanente, como melhorias no plano de carreira e soluções para os funcionários de bancos incorporados. A data ainda será discutida na Contraf-CUT e nos sindicatos.

Claudio Luís ressalta que a participação dos bancários no dia de luta do último dia 7 de março foi muito boa e que é importante que todos os sindicatos preparem protestos que envolvam novamente os trabalhadores.

> Empregados mobilizados em Dia de Luta no BB

Cassi – Os representantes dos trabalhadores também esperam uma resposta do banco sobre a adequação da Cassi à Resolução Normativa 254 da Agência Nacional de Saúde (ANS), publicada há mais de um ano. O Sindicato e a Contraf-CUT reivindicam que os representantes do banco no Conselho Deliberativo da Cassi aprovem a adequação na próxima reunião, que acontece em março.

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