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Marilena Chauí fala sobre cidadania

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Filósofa participou de encontro promovido pelo Sindicato e Centro de Pesquisa 28 de Agosto
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São Paulo - Em mais uma iniciativa para promover o pensamento crítico e a reflexão sobre a sociedade, o Sindicato e o Centro de Pesquisa 28 de Agosto convidaram a filósofa Marilena Chauí para um debate que ocorreu nesta segunda-feira 26, na sede da entidade.

A professora elogiou a iniciativa, contrapondo-a ao contexto político do estado de São Paulo que, segundo ela, foi transformado em feudo do PSDB há 30 anos, “um partido que presta um desserviço em todos os níveis para São Paulo”. “Nesse contexto, uma iniciativa como esta do Sindicato, de discutir uma educação libertária, solidária e voltada para uma outra visão de futuro é essencial e estou muito feliz em poder contribuir para isso”, disse.

Com o tema A História das Ideias na Formação dos Indivíduos, Chauí traçou um painel sobre as diferentes visões da história, desde Aristóteles até a chamada pós-modernidade, abordando também assuntos como educação, política, ciência e economia.

Ressaltou que foi no mundo neoliberal que se fragmentou a noção de tempo e de espaço e no qual o efêmero e o descartável passaram a imperar. Um mundo em que os cidadãos e indivíduos são vistos como consumidores. E acrescentou que é nesse mundo, da “sociedade do conhecimento”, que a educação deixa de ser reflexiva para se tornar adestramento. “O ensino é pensado como habilitação rápida para estudantes e está desaparecendo sua marca essencial: a formação. Mas eu continuo acreditando na profundidade do homem e na mudança”, afirmou.

A diretora geral do Centro 28 de Agosto, a dirigente sindical Neiva Ribeiro, destacou que a reflexão crítica é o objetivo do instituto, criado pelo Sindicato. “O projeto pretende formar cidadãos com uma visão crítica da sociedade, e não simplesmente a visão mercadológica, e que ajudem a construir um mundo mais justo.”


Andréa Ponte Souza - 26/3/2012

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