São Paulo – O Sindicato flagrou uma situação preocupante no Centro de Suporte Imobiliário (CSI) da XV de Novembro do Banco do Brasil na manhã de sexta-feira 16. O dirigente Irinaldo Barros conversava com os funcionários quando soou o alarme de incêndio e, em seguida, os trabalhadores tiveram dificuldade para evacuar o prédio. Nada de grave aconteceu porque era alarme falso.
O dirigente, que estava no quarto andar, conta que todos ficaram parados na escada de incêndio por pelo menos seis minutos. “Por algum motivo, as pessoas não estavam conseguindo andar. Então pedi passagem e fui descendo as escadas para ver o que estava acontecendo, mas quando cheguei ao primeiro andar, o fluxo foi retomado, e ninguém soube esclarecer a causa do problema.”
Não houve consequências porque o prédio não estava pegando fogo, mas, adverte o dirigente, em caso de incêndio, esses seis minutos poderiam ser fatais.
Também preocupa o fato de que, em menos de 45 dias, o sinal tocou duas vezes sem a existência de emergência real. “O alarme fica no oitavo andar do prédio, que está desocupado, e qualquer pessoa pode acioná-lo, o que leva os funcionários a acreditarem que pode ser trote.”
O Sindicato já entrou em contato com a gerência do CSI. “Queremos que o banco instale uma câmera no local do alarme para evitar possíveis brincadeiras de mau gosto, que resultam em ainda mais estresse aos trabalhadores. Exigimos ainda que o sistema de segurança do prédio seja revisado e que sejam feitos treinamentos de evacuação com os funcionários.”
O Sindicato também reivindica a instauração de uma Comissão de Prevenção de Acidentes (Cipa) no local, onde trabalham 500 pessoas. “O banco tem que tomar providências urgentes para garantir a segurança desses trabalhadores, que passam boa parte de seu dia no local”, afirma Irinaldo.
Os representantes dos trabalhadores também enviarão uma carta à direção da instituição, em Brasília, relatando os problemas no CSI.
Andréa Ponte Souza - 16/3/2012
