São Paulo - A diretoria do Banco do Brasil está “arrancando o couro” dos funcionários responsáveis pela política de Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) e tudo pelo mero carreirismo, já que muitos integrantes do alto escalão enxergaram nessa prática de cobrança de metas abusivas uma maneira de alçar voos mais altos no sistema financeiro e setor privado.
Para o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi a inadimplência pode prejudicar o acordo de trabalho das agências e afetar a PLR. “A inadimplência é ainda maior porque as agencias estão sem estrutura para acompanhas as operações e visitar os clientes. Sendo um programa importante, nada mais justo que isso seja ponderado”, afirma.
Falta de estrutura e irregularidades – Além das cobranças de metas abusivas, os gerentes e funcionários da instituição também estão sendo obrigados a conviver com a falta de bancários e estrutura necessários para atingir essas metas de Microcrédito Produtivo Orientado. “A inadimplência é ainda maior porque as agencias estão sem estrutura para acompanhas as operações e visitar os clientes”, explica Izumi.
O diretor ressalta ainda que os trabalhadores acham importante a atuação do banco nesse segmento, por ele ajudar no crescimento do país. “Os funcionários querem a ajuda da Superintendência, que se limita apenas a cobrá-los insanamente, e ainda com ameaças de descomissionamento”, afirma.
Há também denúncias de irregularidades em operações, onde os créditos são fornecidos para clientes que não têm qualquer atividade econômica que se enquadre como público alvo da linha de crédito. O Sindicato orienta que os funcionários não se exponham, e que denunciem à entidade qualquer irregularidade.
MPO – O MPO é uma linha de crédito voltada para as necessidades financeiras de pessoas e empresas com atividades produtivas de pequeno porte. O valor pode ir de R$ 150 a R$ 15 mil e a taxa de juros de 0,64% ao mês a 8% ao ano.
Redação - 5/3/2012
