São Paulo – Após fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a Caixa Federal foi autuada por irregularidades no prédio localizado no Brás.
A fiscalização foi solicitada pelo Sindicato, Apcef e Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho). Antes, a SRTE ouviu representantes da Caixa sobre os compromissos assumidos no encontro ocorrido em 19 de outubro de 2012, como, por exemplo, a regularização do reservatório para acondicionamento de materiais inflamáveis, que fica na parte de fora do prédio, e a solução para os problemas dos elevadores e do sistema de ar-condicionado. A alegação da empresa era de que as soluções para alguns dos problemas estruturais do local, inclusive o reservatório, estão contemplados em um projeto elaborado pela Gilog.
Os gestores da Caixa informaram que estão fazendo orçamentos para a regularização dos elevadores. No caso da refrigeração, disseram que há um projeto em andamento para a solução definitiva dos problemas, sendo necessária, contudo, a realização de licitação.
Mais problemas - A fiscalização constatou, no entanto, outras irregularidades no prédio ao visitar as dependências da unidade. As portas corta-fogo estavam todas bloqueadas, uma vez que o acesso só é permitido por acionamento de crachá. As entidades representativas criticam essa situação, já que “essa é uma rota de fuga que deve estar livre para eventuais emergências”.
Na área em que estão concentrados os geradores de energia do prédio foram constatados problemas no piso e a instalação elétrica não atende às normas de segurança, há fiação exposta e quadros de passagem abertos. Além disso, é preciso que a sinalização no local seja trocada.
Foram constatadas também várias irregularidades com empresas terceirizadas na Centralizadora de Atendimento de Telesserviços (Cerat). Mobiliários estão quebrados ou em más condições de utilização, não há regulagem das mesas, do teclado e do monitor, há listagem de metas afixadas próxima às baias, e os próprios trabalhadores terceirizados reclamaram da falta de armários para armazenamento de equipamentos básicos como o head set, que têm de ser levados para a casa pelos funcionários.
Finalizada a fiscalização, a Caixa foi autuada por causa das irregularidades e do iminente risco à segurança dos empregados no que diz respeito ao bloqueio das portas corta-fogo e à ausência da mesma na sala dos geradores. O banco foi notificado em relação aos demais problemas encontrados, e teve que estipular prazos para a solução de cada item. A Caixa deverá, ainda, apresentar um cronograma de ações.
O Sindicato acompanhará a divulgação do cronograma e continuará cobrando melhores condições de trabalho para os empregados.
Apcef-SP, com edição do Seeb/SP – 12/3/2013
