São Paulo – Diversas pessoas aprovadas em concursos públicos para trabalhar no Banco do Brasil têm procurado o Sindicato para reclamar da morosidade no processo de efetivação.
O diretor executivo da representação dos trabalhadores Ernesto Izumi diz que a falta de mão de obra é grande, pois os números apresentados pelo balanço do banco demonstram que houve forte aumento de produtividade e dos negócios, sendo necessárias novas contratações. "Além disso, as terceirizações de serviços bancários têm sido denunciadas pelo Sindicato, mas ainda vem ocorrendo no BB", ressalta.
O volume de ativos por trabalhador aumentou de R$ 7.386 em julho/2011 para R$ 8.578 em julho/2012, o que representa incremento de 16,14%. Os clientes passaram de 55.216 para 57.466, crescimento de 4% no mesmo período, quando foi ampliada também a carteira de crédito: R$ 383,4 bilhões para R$ 459,8 bilhões, 19,9% a mais. Nesse mesmo período, no entanto, o número total de funcionários passou de 112.913 para 113.996, crescimento de apenas 0,96%.
O Sindicato confirmou que ocorreram contratações na base de São Paulo, Osasco e região, e acompanhou a nomeação de novos funcionários. No entanto, a entidade alerta que não tem controle sobre o número, já que dependem da liberação do banco. Além disso, os concursos são regionais e os sindicatos, também, o que escapa da alçada de São Paulo, Osasco e região.
A entidade também buscou a direção do banco para ter informações sobre as contratações de engenheiros concursados para o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, e a resposta é que as vagas foram preenchidas, faltando contratar médicos e enfermeiros.
"Vamos continuar a denunciar a falta de trabalhadores e a terceirização. O banco é quem deve responder à sociedade porque realiza concursos para não contratar”, salienta Ernesto.
Redçaão - 13/3/2013
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Enquanto direção do Banco do Brasil atrasa contratações, funcionários têm de lidar com volume cada vez maior de trabalho nas agências e concentrações
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