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Itaú e Bradesco trocam posições no pódio do Procon

Linha fina
Bancos mantiveram-se entre os três mais reclamados no ranking de reclamações referente ao ano passado
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São Paulo - Em uma "cordial troca de gentilezas", o Itaú trocou de lugar com o Bradesco no ranking das empresas mais reclamadas de 2012 na cidade de São Paulo, organizado pelo Procon, assumindo a primeira colocação. Seu "co-irmão" ficou em terceiro. Em 2011, o Bradesco havia ficado no lugar mais alto do pódio, com o Itaú em terceiro.

Ambos vêem a aproximação de outro par, o Santander, que ganhou uma colocação entre 2011 e 2012, de 11º para 10º.

Outra façanha do Itaú foi manter um banco no lugar mais alto do pódio, deixando a Telefonica, hoje Vivo, em "jejum" desde o tricampeonato 2008/2009/2010, três primeiros anos em que o ranking foi feito.

A vitória do Itaú foi merecida, afinal, conseguiu somar mais de mil reclamações em apenas 365 dias. Foram 1.108. Se considerarmos que tanto o atendimento ao público dos bancos quanto o Procon ocorrem apenas em dias de semana, pode-se afirmar que são pelo menos quatro reclamações por dia.

Somente o Itaú e o vice-campeão, a Claro (1.006), superaram as mil reclamações.

O Bradesco chegou perto. Conseguiu 976 queixas, ou algo perto de quatro por dia útil. Já as 568 registradas para o Santander representam mais de duas diárias, durante a semana. Banco do Brasil (14º), Panamericano (15º) e Caixa (17º) estão entre os vinte mais reclamados.

A BV Financeira também se destacou no ranking, pulando da 25ª posição de 2011 para a sexta em 2012, com 621 queixas.

> Veja a íntegra do ranking

Sem solução - Entre os dez mais reclamados, os bancos destacam-se, ainda, por não darem solução para a maioria das reclamações, ao contrário das outras empresas na lista.

Das 1.108, o Itaú resolveu apenas 461 (41,6%). O Bradesco atendeu 386 (39,5%) das 976 recebidas. A BV Financeira, parcas 54 (8,7%). O Santander foi um pouco melhor. Atendeu 303, ou 53%. Dentre as outras empresas no top 10, apenas o Carrefour e a Eletropaulo ficaram abaixo dos 50% de solução.

Ganância e inoperância - O Procon destacou como principais reclamações cobranças indevidas, especialmente no financiamento de veículos, como tarifa de cadastro, gravame, registro de contrato, serviços de terceiros e outros. Cita também a confusão que as cobranças causam, dificultando ao consumidor comparar condições com concorrentes.

"Nota-se, assim, que os bancos têm se utilizado da cobrança dos mais variados tipos de tarifas, não para a remuneração de custos que efetivamente decorram da contratação do crédito pelos consumidores (...), mas sim para elevar suas margens nessas operações e remunerar terceiros nelas envolvidos", diz o relatório.

"Lamentavelmente, o Banco Central do Brasil, não obstante esteja ciente dessa situação, tem admitido nos regulamentos que edita, nesse caso, em dissonância com Código de Defesa do Consumidor, essas tarifas artificiais", acrescenta.

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Redação - 13/3/2013

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