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Acordo de call center com Santander em negociação

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Outras questões que afetam também funcionários de outros departamentos e agências, como respeito a idas ao banheiro, vão constar no documento
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São Paulo – Os representantes dos trabalhadores e do Santander retomaram as discussões sobre questões que afetam funcionários de agências, departamentos e de call center. A reunião ocorreu nesta quarta 12, no Sindicato.

O principal avanço veio no debate sobre call center, para os quais se chegou a consenso que tem de haver acordo específico. Nesse documento haverá, por exemplo, a determinação de que os funcionários poderão ir ao banheiro todas as vezes que necessitarem, sem desconto da pausa de descanso.

Abono-assiduidade – Os dirigentes cobraram que o banco respeite a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que estabelece que o abono-assiduidade é definido em comum acordo entre o empregado e seu gestor. O banco tem programado essa folga para o dia de aniversário do trabalhador.

“Essa folga é um direito do bancário, que não pode ser desvirtuado. O abono-assiduidade pode até ocorrer no aniversário, mas desde que o funcionário concorde”, afirma a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa.
O representante do Santander entendeu as argumentações dos dirigentes e ficou de se posicionar.

Termo de adesão – Os empregados que não concordaram com o termo de adesão para a prorrogação de horas poderão solicitar que o Santander anule esse procedimento. Esse compromisso também foi assumido pelo representante do banco espanhol, mas é restrito aos trabalhadores que ficaram impedidos de marcar o ponto eletrônico no início de fevereiro.

“Somos contrários a esse tipo de acordo individual, pois defendemos que o banco contrate mais pessoas para suprir as demandas e que pague horas extras quando houver extrapolação da jornada”, ressalta Rita.

> Santander: não firme termo de prorrogação de horas

Demissões – O Sindicato voltou a cobrar o fim das demissões, denunciando que essas dispensas atingem, inclusive, funcionários que estejam ou suspeitem estar com LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Nesse caso, o banco não se pronunciou. Os desligamentos desrespeitam proibição do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho).

Os dirigentes também cobraram que o banco apresente um fluxo dos problemas que são apresentados pelos trabalhadores ao RH da empresa. “Com isso teremos condições de acompanhar qual a demanda que chega e como a empresa trata a questão. Percebemos que vários problemas que estavam resolvidos estão voltando à tona. E acreditamos que isso está ocorrendo devido ao grande número de demissões que o Santander tem feito”, acrescenta Rita.


Jair Rosa – 12/3/2014

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