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Cade aprova mais produtos do BB no Postal

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Acordo é uma fase intermediária para a criação de nova instituição financeira. Comissão de empresa cobrará detalhes
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São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, aprovou na quinta 20 um acordo entre Banco do Brasil e Correios para que a empresa postal passe a oferecer novos serviços bancários e sejam ampliados pontos de atendimento.

Hoje, os produtos comercializados pelo Banco Postal são conta-corrente, poupança, cartão de crédito e um tipo de empréstimo. Foi dado aval para que também sejam feitos financiamentos de várias modalidades, como imobiliários, de veículos e rurais, bem como aumentar os negócios com cartão de crédito e seguros.

O Banco Postal foi assumido pelo BB em janeiro de 2012, quando venceu uma licitação e tomou o lugar do Bradesco.

Atualmente, existem 6 mil postos de atendimento desse tipo no país.

Novo banco – Segundo o vice-presidente de Negócios de Varejo, Alexandre Abreu, trata-se de “uma fase intermediária” para a criação de uma instituição financeira nova, formada com a participação do BB e dos Correios. A conclusão do novo banco é estimada para ainda nesse semestre, conforme reportagem da Agência Brasil.

Para o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, faltam informações sobre esse processo e, por isso, a entidade cobrará do banco, por meio da Comissão de Empresa, detalhes sobre o impacto para os trabalhadores e para a sociedade.

“Transferir serviços bancários para empregados não bancários é atacar diversos direitos que a categoria e a classe trabalhadora como um todo alcançaram com muitas lutas. Por outro lado, a criação de outra instituição financeira é, em si, algo que melhora o mercado, que tem uma concentração bancária enorme, e cria empregos, pelo menos em tese”, afirma.

Assim que concluída, a proposta do novo banco será levada para análise do Banco Central e, depois, novamente ao Cade. O executivo do Banco do Brasil Alexandre Abreu tem a perspectiva de que a criação seja aprovada até dezembro e comece a funcionar em 2015.

Para Rafael Matos, conselheiro de administração do BB eleito pelos funcionários, é preciso avaliar: “precisamos acompanhar com atenção a evolução dessas soluções para o Banco Postal, que tem uma grande importância pela capilaridade no país. E os sindicatos devem, nacionalmente, debater as relações de trabalho nessa instituição”.

“Estamos de olho e não permitiremos nenhuma flexibilização de direitos”, completa o dirigente sindical Ernesto Izumi.


Mariana Castro Alves , com informações da Agência Brasil e Reuters – 21/3/2014
 

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